Autarca de Ourique quer Tejo a “reforçar” o Alqueva

Marcelo Guerreiro 2

O presidente da Câmara de Ourique, Marcelo Guerreiro, defende a interligação entre as bacias do Tejo e do Guadiana, para reforçar Alqueva, lamentando que a estratégia “Água que Une” apenas proponha estudar essa possibilidade.

Em declarações ao “CA”, o autarca socialista afirma que Alqueva “tem de ser reforçado por uma interligação de norte para sul, através do Tejo”.

Essa é, segundo o eleito, a premissa essencial do manifesto “Água ao Serviço do Futuro”, que o Município de Ourique e outras autarquias, instituições e empresas dos distritos de Beja e Faro apresentaram, no final de 2024, ao Governo.

“O manifesto parte desse princípio, por forma a garantir que Alqueva possa dar resposta a mais solicitações, face à situação que as alterações climáticas têm criado” na região, diz.

Alqueva “tem de ser reforçado por uma interligação de norte para sul, através do Tejo”, diz Marcelo Guerreiro

Ainda assim, na estratégia “Água que Une”, agora apresentada pelo Governo no domingo, 9, em Coimbra, apenas está prevista a realização de um estudo de viabilidade da ligação das bacias dos rios Tejo e Guadiana, através da adução Nisa-Caia, entre 2030 e 2043.

Antes, entre 2026 e 2030, o Governo pretende avançar com a interligação entre Alqueva e o rio Mira, num investimento estimado de 35 milhões de euros.

Para Marcelo Guerreiro, esta interligação será importante para “que possam existir soluções para a agricultura de sequeiro no território do concelho de Ourique e dar um novo impulso a esse conjunto de explorações agropecuárias”.

“Mas, sem a premissa de trazer água de norte para sul, é preciso termos consciência de que tudo pode ficar em causa”, alerta.

Marcelo Guerreiro enfatiza que “é preciso mais água para Alqueva”, para que este empreendimento “possa servir todo o sul do país e para que o acesso à água possa ser democratizado”.

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