O presidente da Câmara de Ourique defende a realização de obras de manutenção que reponham as condições de segurança rodoviária na Estrada Nacional (EN) 123, entre a vila e a localidade de Santa Luzia.
Em carta endereçada ao ministro do Planeamento e Infra-estruturas, Pedro Marques, Marcelo Guerreiro argumenta que a EN 123 “funciona como via de atravessamento do território de um considerável volume de trânsito de veículos pesados de mercadorias que, procedentes de Sines através da EN 389, demandam os destinos a sul do Município de Ourique”.
“Nas actuais condições de circulação, […] são evidentes os riscos para a segurança dos cidadãos e para a integridade física das viaturas”, acrescenta o jovem autarca, considerando que “na falta de vias alternativas às vias consideradas alternativas, em especial, às utilizadas pelos veículos pesados oriundos do porto de Sines, urge assegurar a segurança rodoviária nas vias utilizadas por residentes e por circulantes, como é o caso da EN 123, no troço entre Ourique, Garvão e Santa Luzia”.
O autarca ouriquense defende ainda que, num território tão amplo, devem ser “asseguradas as condições de mobilidade em segurança para os cidadãos e para os agentes económicos nas infra-estruturas existentes, com a manutenção em falta, e nas infraestruturas inacabadas, com conclusão por aprazar”.
Para Marcelo Guerreiro, “agora que o Governo concretizou a conclusão das obras do túnel do Marão, num inequívoco sinal de compromisso com a coesão territorial e com a correcção das injustiças que concorrem para o bloqueio do desenvolvimento de partes significativas do território nacional, em especial no interior”, esta será “uma boa ocasião para recentrar os holofotes e a iniciativa sobre as situações que persistem”, escreve ainda Marcelo Guerreiro.
Na carta enviada a Pedro Marques, o presidente da Câmara vinca igualmente que no Baixo Alentejo “persiste uma incompreensível situação de bloqueio, entre o marasmo paralisante do projecto da Auto-estrada do Baixo Alentejo (A 26) e o acentuado estado de degradação da rede viária apresentada como alternativa”.
“A verdade é que, num território com uma considerável amplitude, dentro de cada município e no distrito, as estradas apresentam preocupantes sinais de falta de conservação, de aprofundamento dos riscos e de degradação generalizada das condições de circulação, que colocam em risco a integridade da vida humana, provocam desgaste nos veículos circulantes, são lesivas de qualquer estratégia sustentada de afirmação turística e afectam consideravelmente as condições de desenvolvimento das economias locais”, advoga.
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