O presidente da Câmara de Casto Verde, António José Brito, assinala “como positiva a evolução” no funcionamento previsto do Serviço de Urgência Básico (SUB) do Centro de Saúde da vila nestes meses de novembro e dezembro.
O autarca, juntamente com os presidentes das câmaras de Aljustrel, Almodôvar, Beja, Mértola, Moura e Ourique, esteve reunido, nesta segunda-feira, 18, em Beja, com o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra d’Almeida, e com o presidente da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, José Carlos Queimado.
Após esta reunião, o diretor executivo do SNS garantiu que “a esmagadora maioria” das escalas no SUB de Castro Verde estão resolvidas, evitando o seu encerramento em novembro e dezembro devido à falta de médicos.
Segundo comunicado da Câmara de Castro Verde, “no mês de novembro o SUB de Castro Verde tem agora previsão de fecho somente 12 horas no dia 22 e 6 horas no dia 29”, enquanto em dezembro “funcionará todo o mês sem interrupções”.
“Assinalamos como positiva a evolução neste processo”, diz ao “CA” António José Brito, sustentando que “graças ao trabalho e ação dos presidentes de câmara e da população, foi possível criar soluções que, não sendo ainda as ideais, são muito diferentes, para melhor, daquilo que estava previsto”.
“Na verdade, há uma semana o cenário que tínhamos pela frente apontava para mais de uma dezena de encerramentos nos meses de novembro e dezembro”, nota.
Ainda assim, continua, os autarcas “vão ficar muito vigilantes com este quadro de dificuldades e, em conjunto, não deixarão de exigir soluções duradouras e sólidas na SUB de Castro Verde e nos serviços de saúde em geral”.
António José Brito diz ainda que, “se não tivesse havido um posicionamento tão rápido e concreto, não teria sido possível haver soluções tão rápidas e, inclusivamente, a disponibilidade do diretor da SNS para reunir com os autarcas por sua iniciativa”.
“Essa ação articulada, rápida e notória acabou por ser a ‘chave’ para termos soluções que anotamos como positivas”, acrescenta.
No comunicado da Câmara de Castro Verde é também referido que, na reunião com o diretor executivo do SNS, os autarcas presentes “registaram com muita preocupação o gravíssimo quadro de funcionamento previsto nas próximas semanas nos serviços de Pediatria e Obstetrícia no hospital de Beja”.
“Depois do encerramento registado na quinta-feira, dia 14, tudo aponta para novos episódios de fecho que, naturalmente, merecem firme condenação e preocupação dos municípios”, lê-se na nota.
Segundo os eleitos, “esta situação poderá implicar a transferência de crianças doentes e de mulheres grávidas para Évora ou Faro, num procedimento que os autarcas não aceitam”.
Por isso, na reunião, foram exigidas ao diretor executivo do SNS “soluções rápidas e eficazes que permitam superar esta situação totalmente indesejável e inaceitável”.
Durante o encontro com António Gandra Almeida, os autarcas assinalaram ainda a sua “profunda apreensão com a muito evidente escassez de médicos nos concelhos de Aljustrel e Mértola e no SUB de Moura”, tendo manifestado a “completa disponibilidade” destes municípios para, “no âmbito das suas competências, colaborarem com a ULSBA e o Ministério da Saúde, para que os graves problemas identificados sejam rapidamente resolvidos”.