O autarca de Vendas Novas, Luís Dias (PS), revela que está em curso, desde o início deste mês, uma auditoria externa às contas do Município, cuja dívida ronda os 6,5 milhões de euros.
A auditoria vai servir para que "não seja o novo executivo ou o anterior", mas sim "uma entidade externa e independente a dizer quais são os números [da dívida] no último mês antes da tomada de posse", afirma.
O autarca alentejano falava à Agência Lusa a propósito dos primeiros 100 dias à frente da Câmara de Vendas Novas, no distrito de Évora, que foi conquistada pelos socialistas à CDU nas eleições autárquicas de 2013.
"Queremos perceber se os 6,5 milhões de euros [de dívida] estão a ser corrigidos ou se, ainda assim, apesar das medidas de contenção, é necessário fazer mais para ter uma situação financeira dentro dos padrões normais", diz.
A par da auditoria externa, Luís Dias realça que a gestão socialista do Município iniciou também este mês "um conjunto de reuniões com a população" para prestar contas "de tudo aquilo que está a fazer, o que gasta e onde gasta".
"O dinheiro tem de ser muito bem gerido e justificado e não devemos às pessoas nada mais nada menos que uma justificação", defende.
O autarca socialista faz um "balanço positivo" dos primeiros 100 dias de mandato, destacando o trabalho feito pelo seu executivo para "pôr as contas em ordem" devido à "dívida muito elevada" da autarquia.
"Neste período, o dado mais importante a destacar foi o pagamento de facturas no total de 3,2 milhões de euros, que nos permitiu reduzir a dívida global da Câmara em mais de sete por cento", assinala.
Luís Dias adianta que houve uma redução de despesas em "comunicações, combustíveis e avenças" e um "aumento do controlo interno para não se assumirem mais compromissos, além daqueles que tinham verbas já garantidas".
Por outro lado, salienta que a Câmara decidiu ajudar as famílias com uma redução dos impostos municipais, aumentar o número de equipas de limpeza urbana e criar o Conselho Municipal de Juventude e a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens.
A isenção da Derrama, durante três anos, para as novas empresas que se instalem no concelho e que mantenham os postos de trabalho que vierem a criar foi outra das medidas do Município destacada pelo autarca alentejano.
