A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/ GNR) critica a intenção do Ministério da Administração Interna em encerrar o Centro de Formação de Portalegre da GNR, manifestando apreensão quanto ao futuro dos militares que aí trabalham.
“A APG/ GNR não poderia deixar de lamentar tal decisão e de demonstrar, desde já a sua maior apreensão pelos efeitos que esta decisão poderá ter nos profissionais da Guarda que aí prestam serviço e que, caso o encerramento venha a suceder, terão que ser recolocados noutros locais”, refere uma nota da associação profissional.
Nesse sentido, exige à tutela que “assuma publicamente” quais são as suas intenções e que sejam “salvaguardados os direitos dos profissionais que prestam serviço no Centro de Formação de Portalegre no que se refere a eventuais colocações, caso venham a suceder”.
Na última terça-feira, 22, a Câmara de Portalegre exigiu ao Governo a manutenção do Centro de Formação da GNR e anunciou que já intercedeu junto do Presidente da República para evitar o encerramento da escola.
A presidente da Câmara Municipal de Portalegre, Adelaide Teixeira, explica que teve conhecimento do encerramento do centro de formação através de um contacto que manteve com o ministro da Administração Interna.
Segundo a autarca, o ministro Miguel Macedo defende que a melhor decisão passa por "juntar" todos os formandos no Centro de Formação da GNR na Figueira da Foz.
A Agência Lusa contactou o Ministério da Administração Interna, mas ainda não obteve qualquer informação sobre o encerramento do centro.
Na nota, a APG refere também que ainda não se conhece como vai ser feita a reorganização da formação na GNR, relembrando que estava agendado um alistamento para 21 de Outubro, mas tal foi adiado, desconhecendo-se quando vai ocorrer e onde será ministrado.
A associação profissional diz ainda que a “carência de efectivo na GNR é uma realidade e estavam orçamentados 1.200 novos ingressos para este ano, sendo que apenas entraram 370 novos elementos, havendo um défice de 830 elementos".
