O provável encerramento da agência da Caixa Geral de Depósitos em Colos, no concelho de Odemira, vai ser discutido na próxima reunião do conselho directivo da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), que se realiza na sexta-feira, 22.
A garantia é dada pelo coordenador da Delegação de Beja da associação, Vitor Morais Besugo, que juntamente, com o vice-coordenador António Barros, esteve na passada sexta-feira, 15, em Vila Nova de Milfontes, onde reuniram com os presidentes de junta de freguesia do distrito que têm costa maritima: Francisco Lampreia (de Vila Nova de Milfontes), Dário Guerreiro (São Teotónio) e Glória Pacheco (Longueira/ Almograve).
Durante o encontro os autarcas manifestaram a sua preocupação face ao provável encerramento do balcão da Caixa em Colos, que deixará quatro freguesias do concelho de Odemira “sem qualquer agência bancária”.
“Tendo a Caixa Geral de Depósitos estatuto de banco público, não pode jamais abdicar da sua missão de garantir um serviço público de proximidade”, sublinha em tom crítico o coordenador da ANAFRE.
A perspectiva da prospecção petrolífera na costa portuguesa, no âmbito do projecto do consórcio ENI/GALP esteve também em discussão, tendo os autarcas presentes sublinhado que as populações “não compreendem” a decisão da Agência Portuguesa do Ambiente de não considerar as suas contribuições apresentadas no processo de consulta pública, “bem como a opção do Governo em insistir no caminho das energias fósseis numa região internacionalmente reconhecida pela singularidade dos seus valores naturais”.
No final do encontro, Vítor Morais Besugo garantiu estar “solidário com estas polulações” e prometeu “estar ao seu lado em futuras iniciativas que contribuam para esclarecer e repudiar estas iniciativas”. “Além disso, estes temas serão levados na próxima sexta-feira, 22, à reunião do conselho directivo da ANAFRE”, acrescenta.
