Ser um “ponto de encontro” entre avós e netos e promover a “literacia digital no interior do país” são duas das metas do novo Laboratório Digital de Almodôvar, inaugurado no final do mês de maio.
O novo espaço está instalado na Escola Básica (EB) 2,3/ Secundária Dr. João de Brito Camacho e resulta de uma parceria entre o Centro Qualifica de Almodôvar (integrado no Agrupamento de Escolas) e a Fundação Altice, com o apoio da Câmara Municipal e da empresa mineira Somincor.
Este Laboratório Digital “pretende ser um ponto de encontro entre os ‘avós’ do Centro Qualifica e os ‘netos’ do Clube Ciência Viva no combate à iliteracia digital no interior do país, no profundo Baixo Alentejo”, explica ao “CA” o coordenador do Centro Qualifica de Almodôvar.
Segundo António Espírito Santo, trata-se de um espaço “tecnologicamente avançado”, que “comporta ambientes educativos aliciantes com o uso da tecnologia que privilegiam a ação do aluno, favorecendo a motivação, a criatividade, o pensamento crítico, a resolução de problemas e o envolvimento do aluno na construção individual ou coletiva do conhecimento”.
A par disso, continua, o Laboratório envolve igualmente “os professores e os alunos em novos processos de ensino e de aprendizagem, com pedagogias mais avançadas, proporcionando um impacto positivo” nos estudantes, “nomeadamente ao nível do desenvolvimento das suas competências para o século XXI, tal como previsto nos documentos oficiais nacionais e europeus para a educação”.
“No Laboratório Digital da Fundação Altice queremos assegurar que temos o espaço e a tecnologia definidos para suportar os diferentes tipos de atividades pedagógicas que irão dar os resultados pretendidos de uma sala de aula para aprendizagens diferenciadas”, ajudando “a reimaginar os espaços físicos, os recursos, a mudança de papéis entre alunos e professores e como suportar diferentes estilos de aprendizagem criando um espaço que leve à inclusão de todos os alunos do nosso agrupamento”, frisa António Espírito Santo.
O coordenador do Centro Qualifica diz ainda que com a criação deste Laboratório Digital se pretende “combater a infoexclusão” e “trabalhar no desenvolvimento da literacia digital”.
Nesse sentido, o “modelo de intervenção” do Laboratório passa pela “discussão, definição e implementação dum quadro referencial das competências digitais necessárias a todos os cidadãos para interagir numa sociedade altamente ‘informatizada’”, assim como ajudar os seus beneficiários a “desenvolver competências digitais”.
A ação do projeto inclui ainda a identificação, organização e implementação de “soluções que permitam disponibilizar um conjunto de recursos, facilitadores da inclusão e literacias digitais”.
António Espírito Santo frisa que no Laboratório Digital “as aprendizagens serão baseadas em projetos”, nomeadamente em “programação e robótica”, “desenho e impressão 3D” e “programação de aplicações móveis”, entre outros.
“Com Laboratório Digital pretendemos ainda dar formação interna de professores e criar, juntamente com a autarquia, programas envolvendo toda a comunidade, sendo assim um verdadeiro projeto de inserção digital”, conclui este responsável.