Almodôvar. Ex-vice da Câmara acusa presidente de “falta de cultura democrática”

A vereadora e ex-vice-presidente da Câmara de Almodôvar, Lucinda Jorge, acusa o presidente da autarquia, António Bota, de “falta de cultura democrática”, reiterando a sua “total disponibilidade” para ser candidata à Concelhia de Almodôvar do PS.

Em comunicado enviado à imprensa, Lucinda Jorge apresenta a sua versão do processo que culminou, na segunda-feira, 5, com a retirada dos pelouros que lhe tinham sido atribuídos na Câmara de Almodôvar, bem como a vice-presidência da autarquia.

A eleita explica que decidiu avançar com uma candidatura à Concelhia de Almodôvar do PS “após o atual presidente da mesma, António Bota, referir numa reunião da Comissão Politica a sua indisponibilidade para se voltar a recandidatar, como ficou escrito na ata da reunião”.

Lucinda Jorge diz mesmo que António Bota “foi o primeiro militante a ser convidado para integrar” a sua lista, convite que este “declinou”, acrescentando que, posteriormente, houve três reuniões entre ambos, “onde a proposta apresentada foi apenas e só a abdicação da militante Lucinda Jorge da sua candidatura em favor de outrem”.

Mais tarde, continua o comunicado, “num jantar convívio com militantes e simpatizantes” do PS, António Bota “voltou com a sua palavra atrás, invocando a tentativa de união do partido, declarando que iria ser candidato às eleições internas a realizar no dia 7 de outubro”.

Segundo a vereadora, o processo acabou por ter o seu desfecho na reunião da Comissão Política da Concelhia de Almodôvar do PS, realizada a 1 de setembro, onde António Bota informou Lucinda Jorge “que, caso não desistisse da sua candidatura lhe iria retirar os pelouros atribuídos”, assim como “a vice-presidência” da autarquia.

Tal acabou por suceder depois de Lucinda Jorge ter reiterado “a sua disponibilidade para continuar como candidata” face ao “apoio incondicional de todos os militantes integrantes da sua lista”.

Lucinda Jorge acrescenta que “sempre se pautou pela lealdade para com o líder”, manifestando “a sua tristeza e indignação pela falta de cultura democrática” por parte de António Bota.

A eleita assegura ainda que, apesar de ter ficado sem pelouros atribuídos e sem a vice-presidência da autarquia almodovarense, “vai continuar a estar presente nas reuniões camarárias e da Assembleia Municipal, como vereadora do PS, defendendo as causas do concelho de Almodôvar e dos seus munícipes”.

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Correio Alentejo

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