A empresa Águas Públicas do Alentejo (AgdA), que junta a Águas de Portugal a 21 municípios, conta investir, até ao ano de 2025, cerca de 70 milhões de euros em novas infra-estruturas de abastecimento e tratamento de águas residuais na região.
Os números são avançados ao “CA” pelo presidente do conselho de administração da AgdA, que se refere a uma terceira fase de investimentos por parte da empresa. “São 70 milhões de investimento que tem que ver mais com sistemas de tratamento de águas residuais em pequenos aglomerados”, diz Francisco Narciso.
A par destas, continua o gestor, a AgdA tem em concurso público, pela terceira vez, a obra da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Enxoé, “que é uma grande intervenção para a zona de Moura e também de Mértola”. “Todo esse sistema está a ser reconfigurado”, revela Francisco Narciso, explicando que o atraso na sua concretização se deve ao facto de os anteriores concursos terem ficado vazios.
Em simultâneo, a AgdA pretende “robustecer” o abastecimento de água a Odemira, através de uma nova ETA. “A ideia é ter uma ETA maior, mais robusta, que sirva a vila e mais algumas localidades na redondezas”, observa.
Segundo Francisco Narciso, estes 70 milhões de euros vão juntar-se aos quase 140 milhões que a empresa já investiu na região ao longo da última década. Destes, o presidente da AgdA destaca os cerca de 19 milhões de euros aplicados no Sistema do Monte da Rocha, que serve os concelhos de Ourique, Castro Verde e Almodôvar, assim como parte dos de Mértola e de Odemira.
Um investimento “marcante”, frisa o presidente da AgdA, ainda mais por tratar-se de uma zona que, “nos últimos anos, tem sido sistematicamente afectada pela seca”. “Temos aqui sétimo ano de seca prolongada e tudo o que era captações aqui nesta região estão com um nível de produtividade baixíssimo”, frisa.
