A Câmara Municipal de Castro Verde decidiu não aumentar os preços cobrados aos municípes pela Água, Saneamento e Resíduos Sólidos em 2018, numa decisão aprovada com os votos favoráveis do PS e a abstenção da CDU.
De acordo com a autarquia, esta decisão tem por base uma atitude “de total coerência com as posições assumidas no passado pelos eleitos do PS” e o facto de, “neste momento, a rede de abastecimento da vila de Castro Verde continuar a ter graves problemas que afectam o fornecimento normal à população”.
“Sempre dissemos que não fazia sentido aumentar o preço da água quando o serviço, sobretudo na vila de Castro Verde, é mau e afecta as pessoas e as empresas. Seria lógico dizer isto na oposição, votar contra os aumentos baseado neste argumento e, agora, fazer exactamente o contrário? Para mim não seria sentido algum e, por isso, a água em 2018 mantém o mesmo preço. A isto chamo coerência”, disse o autarca António José Brito em entrevista publicada na última edição do “CA”, a 26 de Janeiro.
No comunicado emitado nesta terça-feira, 30, a Câmara de Castro Verde acrescenta que o executivo municipal está de momento “a estudar os termos em que poderá avançar com a requalificação da rede na vila”, sendo conhecido “que os fundos comunitários para esse fim deixaram de estar disponíveis em 2013 e o estado de degradação a que chegou a rede é de resolução muito complexa e exigente”.
O Município acrescenta ainda que “só haverá um facto objetivo que a levará a alterar o preço da água: existir uma imposição da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) nesse sentido para que seja possível à autarquia aceder a fundos comunitários que permitam fazer obras profundas na rede de águas da vila”.
