O inspector-geral da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) admite a necessidade de melhorias nas condições de segurança do terminal de contentores do porto de Sines, na sequência da morte de um trabalhador na madrugada de quinta-feira, 4.
As condições de trabalho no Terminal XXI, concessionado à PSA Sines, “não são alarmantes”, refere Pedro Pimenta Braz, no entanto, “há determinadas medidas que as empresas [a operar no local] terão de implementar”.
O responsável aponta a necessidade de “melhorar e implementar claramente a formação” dos trabalhadores portuários e de “transformar em medidas concretas no terreno” os documentos com as regras de segurança, que não podem ser apenas “formalidades administrativas”.
O trabalho portuário “é um outro mundo em termos de questões técnicas de segurança”, afirma o inspector-geral da ACT, vincando que as “operações de risco” realizadas “exigem grande rigor”.
A ACT abriu um inquérito, que está a decorrer, para apurar as circunstâncias em que ocorreu o acidente que vitimou um supervisor de operações natural de Aljustrel, que trabalhava para a empresa Labor Sines.
Segundo Pedro Pimenta Braz, o funcionário estava no convés de um “cargueiro de grandes dimensões”, a orientar o trabalho do manobrador de grua, quando caiu para o porão, numa queda de “20 a 30 metros” de altura.
O acidente ocorreu quinta-feira, 4, de madrugada, tendo os Bombeiros Voluntários de Sines recebido o alerta cerca das 2h00.
O comandante da corporação, Vítor Pereira, referiu nessa manhã à Lusa que o trabalhador apresentava “uma série de fracturas nos membros superiores e inferiores”.
Os bombeiros e os técnicos da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano “tentaram fazer a reanimação [do homem], durante uma série de tempo”, mas este acabaria por morrer no local.
