Facilitar a comercialização de animais e garantir melhores condições na aquisição de adubos, rações e outros factores de produção são dois dos objectivos do PACOOP/ Agrupamento de Produtores de Porco Alentejano e Outras Espécies Pecuárias, CRL. A cooperativa tem sede em Ourique e foi criada no passado mês de Maio pela Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA).
“É uma entidade com fins comerciais, para as produções de porco alentejano ou outras que os nossos associados tenham. E também para a compra de matérias-primas e factores de produção, ou seja, adubos, rações, etc… E estamos disponíveis para trabalhar no sentido de melhorar a rentabilidade das explorações agrícola de pecuária extensiva”, explica ao “CA” o presidente da ACPA, Nuno Faustino.
De acordo com este responsável, a nova PACOOP já tem 43 cooperantes e irá facilitar os “intercâmbios com cooperativas espanholas” (principal mercado do porco alentejano), além de poupar os produtores a muita burocracia.
“Antigamente qualquer associado tinha de facturar directamente à indústria, fossem quatro ou 400 porcos [que vendesse]. Isso era uma enormidade de papéis e uma carga burocrática imensa. Agora centralizamos tudo nesta entidade, que factura às indústrias, que se responsabiliza pelo pagamento e por cobrar”, adianta o presidente da ACPA.
Além desta maior “maleabilidade comercial”, continua Nuno Faustino, a nova cooperativa permite igualmente outro tipo de negociação com as instituições de crédito. “Temos um peso totalmente diferente e conseguimos, inclusive, seguros de crédito com preços muitos mais competitivos que os que os agricultores conseguiriam individualmente. Ou seja, há um conjunto de benefícios que seguramente irão beneficiar o sector e os produtores”, diz.
Outra vantagem da criação deste agrupamento é o seu reconhecimento por parte do Ministério da Agricultura, processo que deverá ficar concluído em breve. “Daí vêm também mais-valias. Por exemplo, hoje em dia quando os agricultores apresentam [candidatura de] um projecto de investimento um dos grandes motivos de pontuação é se é membro ou não de uma associação de produtores reconhecidos”, argumenta o presidente da ACPA.
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