Um recital de piano com o músico checo Ivo Kahánek é o grande destaque da passagem por Odemira, neste fim de semana, dias 25 e 26, do festival Terras Sem Sombra, que concilia música clássica com a defesa do património e a salvaguarda da biodiversidade.
O evento, de cariz itinerante, é promovido pela associação Pedra Angular, com sede em Santiago do Cacém, contando em Odemira com a parceria da Câmara Municipal e da Embaixada da República Checa.
A iniciativa arranca pelas 15h00 de sábado, 25, com a visita “Na Fronteira do Condado de Odemira e das Terras da Ordem de Santiago: Relíquias”, guiada pelo historiador António Martins Quaresma e pelo arqueólogo Jorge Vilhena.
O passeio terá como “ponto de encontro” a Igreja de Nossa Senhora das Relíquias, na freguesia com o mesmo nome, e levará os participantes por um percurso que vai explorar os vestígios de ocupação humana que remontam à pré-história, incluindo moinhos de vento, antigas ermidas, a necrópole do Cerro da Chaiça e o monumento megalítico do Monte do Paço.
De noite, a partir das 21h30, a Igreja da Misericórdia, em Odemira, recebe o recital “Um Continente do Romantismo: Obras para Piano”, interpretado por Ivo Kahánek e que vai abranger obras de Clara e Robert Schumann, Dvořák, Smetana, Kaprálová e Martinů, entre outros, “revelando a intensidade e a expressão do Romantismo europeu, numa combinação de emoção, tradição e modernidade”.
A passagem do festival Terras Sem Sombra por Odemira termina na manhã de domingo, 26, pelas 9h30, com uma ação de salvaguarda da biodiversidade na zona das Taliscas, na freguesia de São Teotónio, dedicada ao tema “Arbutus unedo: O Medronheiro e o Medronho na Herdade da Tamanqueira”.
Conduzida pelo engenheiro agrário José Pisani Burnay, a atividade vai explorar as “práticas sustentáveis ligadas à colheita do medronho e à produção da aguardente tradicional”.












