O presidente eleito da Câmara de Beja, Nuno Palma Ferro, não ficou preocupado por o PS ter recusado um acordo para assumir pelouros a tempo inteiro no executivo.
“Gostava que os critérios e as prioridades fossem outras, mas é do entender do PS não aceitar [a nossa proposta]. Portanto, vamos seguir o nosso caminho”, diz Nuno Palma Ferro, eleito a 12 de outubro pela coligação Beja Consegue.
Em declarações ao “CA”, Nuno Palma Ferro confirma ter endereçado o convite para que a atual vereadora socialista Maria João Ganhão, que foi número dois na lista do PS nas eleições deste ano, assumisse a vereação a tempo inteiro.
“Gostávamos de ter experiência governativa e achávamos que a Maria João [Ganhão] podia aportar um contributo positivo ao executivo em funções, mas o PS não foi desse entendimento e ficará com o ónus da sua tomada de posição”, diz.
Palma Ferro revela que também endereçou convites ao cabeça de lista da CDU, Vítor Picado, para assumir o cargo a tempo inteiro, e ao candidato do Chega, David Catita, para ter pelouros, ainda que não em permanência no executivo.
“Estes processos não estão fechados”, indica o futuro presidente da Câmara de Beja, que rejeitou um cenário de governação “mais complicada” caso estes convites sejam igualmente recusados.
“Não há aqui complicações, o que temos é de procurar ‘pontes’ e entendimentos. E caberá às forças políticas envolventes neste processo tomarem as decisões que acharem mais adequadas, nada mais do que isso”, afirma.
Questionado sobre as eventuais dificuldades de governar sem maioria e com apenas dois eleitos a tempo inteiro num executivo municipal com sete membros, Nuno Palma Ferro garante que “não tem medo do trabalho”.
“As coisas serão aquilo que tiverem de ser, os partidos tirarão as suas ilações e as pessoas também. A nossa governação será sempre transparente”, conclui.












