João Paulo vai “tentar que o Castrense suba de divisão”

João Paulo - treinador FCC

Depois de cinco épocas como jogador do clube, João Paulo assume este ano o cargo de treinador do FC Castrense e a ambição é devolver o emblema de Castro Verde aos campeonatos nacionais.

Qual o objetivo do FC Castrense para esta temporada?

O objetivo é claro, já foi transmitido à equipa e quando chegámos a acordo com a direcção foi isso que foi pedido! Sempre disse que se fosse treinador, tinha que ser numa equipa que lutasse por títulos e assim será. Por isso, vamos tentar que o FC Castrense suba ao Campeonato de Portugal, sabendo de antemão que há equipas muito fortes na 1ª divisão distrital. Vai ser um trabalho árduo, com certeza, mas estamos focados nesse processo. 

Como é que vai ser a equipa do FC Castrense com o “cunho” do João Paulo?

Costumo dizer que tive a carreira que tive muito por causa da dedicação que tinha, tanto em treino como em jogo. São esses valores que tento transmitir aos jogadores, porque qualidade têm muita. Mas temos de encarar cada treino como se fosse um jogo, porque assim chegarão ao jogo mais preparados e disponíveis. Por isso, a única coisa que posso prometer é muito trabalho, como é óbvio. 

O plantel sofreu algumas mexidas face à temporada anterior. Está satisfeito com a equipa que tem à disposição?

Sim, a direção fez um esforço para tentar trazer os jogadores que foram pedidos e o grosso está lá. Também ficaram muitos jogadores da época passada, o que é muito bom, porque já vêm a jogar há algum tempo juntos e acho que fomos buscar reforços com alguma qualidade.

“É óbvio que vai ser um campeonato muito complicado, porque há equipas de muito valor e terrenos muito difíceis de jogar, como é sabido por toda a gente.”

O que é que espera do campeonato distrital da 1ª divisão? Jogos muito complicados e sem vitórias “antecipadas”?

De certeza! Fiz cinco épocas aqui [como jogador] e sempre foi assim. A qualidade cada vez aumenta mais, as equipas estão melhores, as estruturas também, os treinadores também vão melhorando… Por isso, é óbvio que vai ser um campeonato muito complicado, porque há equipas de muito valor e terrenos muito difíceis de jogar, como é sabido por toda a gente.

Além do FC Castrense, que assume claramente esse objetivo da subida, quem é que vê também na corrida pelo título distrital?

É tudo uma incógnita, mas sabemos de antemão que o Moura AC anda sempre na luta, o Mineiro Aljustrelense obviamente que também, até pelo treinador que foi buscar e que a época passada ganhou a Taça do Distrito de Beja [ao serviço do Desportivo de Almodôvar]. E depois temos equipas como o Milfontes, que é uma equipa muito boa, ou o Aldenovense… Acredito que será dentro dessas equipas [que se discutirá o título].

Esta é a sua primeira experiência como treinador. O que é que o fez aceitar este desafio do FC Castrense?

Quando jogava dizia sempre que não queria ser treinador, pois acho que as mentalidades mudaram muito em relação à altura em que eu cresci nas camadas jovens e, se calhar, teria alguma dificuldade em aceitar certas coisas que existem hoje em dia. Mas a minha esposa foi muito habituada ao futebol e começou a “picar-me”… Mas vir a ser treinador nunca foi aquela paixão! Se me dissessem diretor desportivo ou qualquer coisa nessa área, até poderia estar mais dentro daquilo que eu gostava. Mas agora apareceu esta oportunidade, em casa “chatearam-me” muito para que assim fosse e vou encará-la com a mesma paixão que tinha quando fui jogador e tentar dar frutos ao clube, que é o mais importante. Como já disse, vou tentar que o FC Castrense suba a divisão, porque foi uma das coisas que eu não consegui como jogador. Vamos lá a ver se o consigo como treinador!

E ambiciona ter uma carreira de treinador como a que teve enquanto jogador?

Agora que sou treinador obviamente que quero chegar o mais longe possível e também um dia mais tarde espero estar num outro patamar. Mas sou uma pessoa muito no “dia a dia”, não faço grandes perspetivas para o futuro, porque neste momento esta é a minha primeira experiência e tem de ser um passo cada vez. Não ando em “bico dos pés”, sei bem como é que funciona o futebol e tenho os pés bem assentes na terra. Tenho a minha vida tranquila e, como costumo dizer a brincar, se der deu, se não der, a minha família está bem, é o que mais interessa.

EM DESTAQUE

ULTIMA HORA

Role para cima