No final de setembro de 2023, um homem de 48 anos foi detido em Odemira, pelo crime de violência doméstica. Segundo adiantou a GNR na altura, “no âmbito de uma investigação por violência doméstica”, os militares “apuraram que o suspeito exercia violência física e psicológica contra a vítima, sua companheira de 62 anos, tendo sido dado cumprimento a um mandado de detenção”.
Este caso de violência doméstica foi um dos 44 a ser registado no distrito de Beja em 2023, ano em que este tipo de criminalidade aumentou face a 2022, com mais 13 casos registados. Os números são avançados pelo relatório divulgado recentemente pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e que diz respeito aos processos de apoio desenvolvidos presencialmente, por telefone, e-mail ou online, no período compreendido entre os anos de 2021 e 2023.
Nestes três anos, o número de vítimas de violência doméstica apoiadas pela APAV aumentou 22,9% em todo o país, perfazendo um total de 31.117 vítimas, na sua maioria mulheres.
No caso concreto do distrito de Beja, em 2021 foram registadas 32 vítimas de violência doméstica no distrito de Beja, enquanto em 2022 esse número baixou residualmente, para 31, aumentando de forma exponencial em 2023, para 44.
O concelho com mais vítimas identificadas foi o de Beja, com um total de 11. Seguiram-se Serpa (10 vítimas) e Aljustrel (sete). Em Odemira foram registadas quatro vítimas, em Moura três, e em Almodôvar e Ferreira do Alentejo duas cada.
Nos concelhos de Alvito, Castro Verde, Cuba, Mértola e Ourique foi registada uma vítima em cada, enquanto em Vidigueira não houve qualquer registo de vítimas de violência doméstica em 2023.
