Trabalhadores da Somincor manifestam-se em Lisboa

Trabalhadores da Somincor

Praça de Londres, Lisboa: é esta a nova “paragem” da luta dos trabalhadores da Somincor, empresa concessionária das minas de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, que nesta sexta-feira, 10, de manhã se vão manifestar junto ao Ministério do Trabalho. O objectivo da iniciativa é exigir a intervenção do Governo no conflito laboral entre trabalhadores e empresa, que motivou nova greve ao longo desta semana.
“Vamos ao Ministério do Trabalho mostrar a nossa indignação. Porque o Ministério do Trabalho tem a obrigação de tentar resolver estes conflitos”, explica ao “CA” o sindicalista Luís Cavaco, coordenador da Direcção do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), desconhecendo se será possível reunir com o ministro Vieira da Silva.
A viagem até Lisboa, para uma concentração junto ao Ministério do Trabalho, acontece no último dia de greve em Neves-Corvo. A paralisação, que arrancou às 6h00 de segunda-feira, 6, e termina às 6h00 de sábado, 11, acontece cerca de um mês depois da primeira greve e segundo o STIM teve forte impacto na extração e produção de minério em Neves-Corvo.
Em causa estão as mesmas reivindicações que foram apresentadas para justificar a greve de Outubro: o fim do regime de laboração contínua no fundo da mina; a "humanização" dos horários de trabalho; a antecipação da idade da reforma dos funcionários das lavarias; progressão nas carreiras; revogação das alterações unilaterais na política de prémios e o "fim da pressão e da repressão sobre os trabalhadores". Caso após esta greve as duas partes não cheguem a acordo, o STIM tem prevista nova paralisação de cinco dias em Dezembro.
Entretanto, em comunicado emitido no primeiro dia de greve, a administração da Somincor, que pertence ao grupo multinacional Lundin Mining, reafirmou manter a sua abertura ao diálogo com os trabalhadores e com o STIM, "no sentido da resolução da situação".

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Correio Alentejo

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