Era uma vez uma pequena lagarta chamada Tomé, que não conhece a mãe e depois de ser ver rejeitada por toda a família parte numa grande aventura. É este o ponto de partida de Tomé, nenhuma distância é longe demais, livro que a enfermeira Sónia Sacramento, com raízes na freguesia de Ervidel (concelho de Aljustrel), acaba de lançar.
A obra, que tem a chancela da editora Flamingo e conta com o apoio da Câmara de Aljustrel, pode ser encontrada à venda em grandes cadeias livreiras como a Bertrand e a FNAC e leva os seus leitores por “uma viagem em busca da cura interior”.
“É uma história de amor perdão e liberdade, que através da aventura leva o leitor a percorrer um caminho de cura interior. Aborda temas como a rejeição, a solidão, a revolta, a injustiça… Fala-nos de temas bem actuais e da importância dos amigos como bálsamo que acalma a dor nos momentos mais difíceis”, conta ao “CA” a autora.
Segundo Sónia Sacramento, este é “um livro para todo o tipo de leitores independentemente da faixa etária e cultura literária”, tendo sido “escrito numa linguagem muito simples e de fácil acesso a todos”.
Toda a história se desenrola em volta de Tomé, “uma pequena lagarta que não conhece a mãe, é criado por alguém que lhe presta cuidados desde que nasceu, é rejeitado pelos irmãos mais velhos e quando percebe que corre perigo de vida decide deixar o seio familiar”.
“É então que após uma grande viagem finalmente encontra abrigo e segurança. Mas mesmo debaixo de asas que o podem proteger de todo o tipo de inimigos, Tomé continua a viver momentos difíceis. Principalmente quando os pesadelos do passado persistem em roubar-lhe a alegria do presente. Lá no mais íntimo do seu ser, Tomé tinha uma ferida que precisava ser sarada. Mais não posso contar, deixo para cada leitor descobrir ao ler o livro”, acrescenta Sónia Sacramento.
“Todos os meus livros e textos tem uma característica comum: palavras de incentivo, esperança e motivação.”
Sónia Sacramento | autora
À venda através da editora Flamingo, mas também nas lojas das cadeias Bertrand e FNAC, Tomé, nenhuma distância é longe demais tem tido, de acordo com a autora, uma excelente receptividade por parte dos leitores.
“Quando escrevo tenho sempre um propósito – fazer sentido na vida de alguém. Basta uma só pessoa ser abençoada com o que escrevo e já valeu a pena. Tomé superou e está a superar em muito as minhas expectativas”, reconhece.
Natural de Ervidel, Sónia Sacramento começou a sua vida académica em Psicologia, no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), mas acabou por trocar a Psicologia pela Enfermagem. A escrita é outra das suas paixões, tendo começado bem cedo.
“Conta a minha mãe que os professores lhe diziam que enquanto tinham que incentivar os outros alunos a escrever, a mim pediam para resumir [risos]! Depois da escola comecei a escrever pequenas histórias para o jornal local da igreja. E há uns anos surgiu a oportunidade de começar a escrever para a “Revista Novas de Alegria”, de publicação nacional mensal, o que para mim é honra e, ao mesmo tempo, um desafio, pois os temas são-me sugeridos pela própria revista e tenho limite de palavras”, conta.
Tomé, nenhuma distância é longe demais tem tido é o terceiro livro da autora, que antes editou Um amor diferente ou a peça que falta no puzzle da vida ou Ao longo da nossa vida sempre encontraremos alguém especial.
“Todos os meus livros e textos tem uma característica comum: palavras de incentivo, esperança e motivação. Ser enfermeiro é ter a essência de cuidador. Ser enfermeiro-escritor é cuidar através das palavras. Muitas das histórias e situações que descrevo nos meus livros são baseadas em situações que presenciei, cuidei em ambiente hospitalar, mais precisamente na Psiquiatria”, conclui Sónia Sacramento.