Somincor alerta que greves podem ter consequências na operação

Somincor alerta que greves podem

A Somicor admite que “caso se verifique a continuidade de instabilidade do negócio motivada por greves consecutivas poderão dar-se consequências na operação” na mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, “nomeadamente, a suspensão dos investimentos previstos”. A posição foi assumida pela empresa em comunicado divulgado nesta sexta-feira, 29 de Dezembro, dia em que decorreu mais uma greve convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM).
No comunicado enviado ao “CA”, a Somincor “volta a lamentar a realização de mais um dia de greve após ter chegado a acordo sobre uma posição de princípio com o STIM”, constatando, contudo, “os níveis de adesão baixos que se verificaram em todas as acções de greve ocorridas desde Outubro” e que, “em alguns momentos”, foi “possível retomar a actividade de algumas áreas de produção”.
“Congratulamo-nos pelo ambiente pacífico que foi possível garantir, apesar dos inaceitáveis constrangimentos impostos aos colaboradores que pretenderam exercer o seu direito ao trabalho. O acesso à mina foi dificultado, tendo alguns colaboradores sido vítimas de uma conduta repressiva, sujeitos a ofensas e intimidações que não consideramos toleráveis”, acusa ainda a empresa.
A Somincor acrescenta igualmente que a proposta de um novo horário de trabalho para os trabalhadores de fundo da mina, “previamente aceite por mais de 60% dos mineiros e até agora rejeitada pelo STIM, é aquela que melhor compatibiliza os interesses das partes”, garantindo manter-se “atenta às necessidades dos seus colaboradores” e procurando, “por via do diálogo construtivo”, alcançar “um acordo entre as partes com vista à normalização das relações laborais”.
“Até um acordo ser concretizado, a proposta avançada para trabalhadores de fundo da mina não será posta em prática. Por outro lado, relativamente aos trabalhadores das lavarias, a proposta da Somincor de antecipação de planos de reforma, que nunca fez parte do objecto de negociação inicial com o STIM, avançará em Janeiro de 2018”, afirma a empresa, para concluir: “Caso se verifique a continuidade de instabilidade do negócio motivada por greves consecutivas poderão dar-se consequências na operação, nomeadamente, a suspensão dos investimentos previstos”.

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Correio Alentejo

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