Sindicato admite greve na mina de Neves-Corvo

Sindicato admite greve na mina de Neves-Corvo

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) admite a possibilidade de os mineiros de Neves-Corvo (Castro Verde) fazerem greve caso a administração da Somincor não vá de encontro às suas pretensões até ao próximo dia 13 de Setembro. Esta foi a posição decidida pelos trabalhadores de Neves-Corvo durante os plenários realizados esta terça e quarta-feira, dias 5 e 6, onde foram analisadas e discutidas as respostas da Lundin Mining sobre algumas matérias, nomeadamente horários de trabalho, antecipação da idade da reforma para os trabalhadores da lavaria ou progressão das carreiras.
Em comunicado, intitulado “Luta acesa na Somincor”, o STIM refere que durante os plenários os trabalhadores concluíram que os actuais horários de laboração contínua já representam “uma total desumanidade na organização do tempo de trabalho”, rejeitando a proposta da adminstração para “um horário diário de 10 horas e 42 minutos no fundo da mina”.
O STIM contesta ainda o facto de os trabalhadores da lavaria estarem no regime de laboração contínua “há mais de 30 anos e estão sujeitos também a uma actividade de elevada penosidade e têm direitos inferiores aos trabalhadores do fundo da mina”.
Por fim, o sindicato argumenta que os trabalhadores da Somincor, “de uma maneira geral, recebem hoje menos do que recebiam há 10 anos atrás”, dada a “redução drástica dos montantes dos prémios e o congelamento das progressões na carreira”.
Por tudo, adianta o STIM, os trabalhadores da Somincor “decidiram dar a possibilidade à administração [da empresa] de resolver estes problemas até ao próximo dia 13”. “Caso assim não seja, os trabalhadores no próximo plenário geral a realizar na sede do Sindicato, em Aljustrel, decidirão os contornos da luta, que passará pela greve”.

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Correio Alentejo

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