O secretário-geral do PS classifica como “um pesadelo” os dois anos de Governo PSD/ CDS-PP, cujo executivo submeteu os portugueses a "tantos sacrifícios" sem resultados.
“São dois anos de pesadelo, que parecem dois séculos para os portugueses, porque são tantos os sacrifícios, o sofrimento e a dor sem que existam resultados por parte do Governo”, disse António José Seguro aos jornalistas em Almodôvar, durante o jantar de apresentação de António Bota, candidato do PS à Câmara daquela vila nas eleições autárquicas de 29 de Setembro.
Após dois anos de Governo PSD/CDS-PP, “Portugal continua a ver a sua dívida pública a aumentar, a economia, em vez de crescer, diminui, estamos numa espiral recessiva, e o desemprego, em vez de cair, aumenta, estamos a caminho de um milhão de portugueses desempregados”, declarou o líder do PS.
Ao longo dos últimos dois anos, “o país regrediu, ficou mais pobre, mais para trás" e "há mais portugueses a saírem de Portugal", disse António José Seguro, na sua intervenção no jantar.
Segundo o líder do PS, desde que o executivo PSD-CDS-PP tomou posse, a 21 de Junho de 2011, foram "destruídos" mais de 450 mil empregos e, actualmente, há cerca de um milhão de portugueses desempregados, dos quais 300 mil têm mais de 45 anos, e o desemprego jovem é de 42%.
"Hoje, o emprego cada vez cai mais e o desemprego cada vez aumenta mais e não equilibrámos as nossas contas públicas", lamentou, referindo que o PS defende o equilíbrio das contas públicas, mas que tal "só pode ser feito se for gerada riqueza e oportunidades de emprego".
António José Seguro sublinhou que são as empresas que criam empregos e não o Estado e as câmaras municipais, mas estes "devem ajudar a definir políticas públicas amigas da economia e do emprego".
Trata-se de "uma opção que o actual Governo nunca compreendeu e, por isso, nunca conseguiu equilibrar as contas públicas, pelo contrário, cada vez as metas estão mais longe e criou uma espiral recessiva do ponto de vista económico e um aumento brutal, recorde, dos números do desemprego", afirmou.
"A opção inteligente, correcta, que põe as finanças ao serviço das pessoas e não as pessoas ao serviço das finanças, é aquela que visa equilibrar as contas públicas, apostando na economia e nas empresas, porque são elas que podem preservar e criar postos de trabalho", defendeu António José Seguro.
O líder do PS disse que, para si, o emprego é a "grande prioridade nacional" e defendeu que "o combate ao desemprego deve mobilizar todos os portugueses".
Neste sentido, António José Seguro lembrou o pacote de 10 medidas que o PS entregou esta sexta-feira, 21, e será votado na quinta-feira, 27, no Parlamento para estimular a actividade económica das empresas e o combate ao desemprego.
