Instalado na aldeia de Luzianes-Gare desde 2006, o Centro de Transformação e Embalamento de Produtos Hortícolas “nasceu” dois anos através da TAIPA/ Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de Odemira.
Foi no âmbito de um projecto candidatado ao programa comunitário Leader + e que teve o apoio da Câmara de Odemira, que cedeu o espaço e fez as obras necessários. No início o produto final era o “Cabaz da Horta”, mas em 2006, findo o projecto, a ideia ganhou asas e surgiu o Centro.
“A ideia foi sempre aproveitar o excedente dos produtores, aumentando o seu rendimento familiar e potenciando o que o concelho de Odemira tem de bom, levando isso lá para fora”, explica a presidente da TAIPA, Dora Guerreiro, revelando que desde então o Centro subsiste apenas com as receitas daquilo que comercializa.
Das mãos de Ângela Nobre e Fernanda Lourenço, funcionárias do Centro, saem um total de 14 variedades de compotas, assim como geleias, patés, massa de pimentão, piri-piri, temperos para saladas ou azeites aromatizados. Tudo com o selo “Alma da Nossa Terra” e o sabor genuíno do concelho de Odemira.
“A única coisa que temos de fora do concelho é a flor de sal, que aromatizamos com ervas daqui como orégãos ou tomilho”, observa Dora Guerreiro, adiantando “o azeite aromatizado é um dos produtos mais vendidos, a par da malagueta”.
E para onde vendem? De acordo com a presidente da TAIPA, os produtos “Alma da Nossa Gente” estão presentes na maior parte das unidades de turismo rural do concelho, assim como em algumas lojas gourmet de Lisboa, Porto, ilhas e até em Macau. O Centro tem ainda uma parceria com a loja “Rural Store” e com mais duas empresas nacionais ligadas ao sector.
Em síntese… há muito que fazer entre as quatro paredes do Centro. “Há alturas mais movimentadas que outras, mas há sempre trabalho. Esta altura do ano [Janeiro e Fevereiro] é que é sempre mais calma”, admite Ângela Nobre.
Quase uma dúzia de anos depois da sua abertura, o Centro de Transformação e Embalamento de Produtos Hortícolas entra agora numa fase de novos desafios.
“Precisamos de inovar e de diferenciar, porque o mercado é muito exigente”, justifica Dora Guerreiro, revelando que em 2018 irão ser lançados três novos produtos, ainda que dentro das gamas já existentes: duas aromatizações de azeite… e um doce de pimento!
Mas as ambições (e os desafios) do Centro não se ficam por aqui. “Queremos fazer umas pequenas obras, pois há equipamento que já está obsoleto e algumas adaptações a fazer”, explica a presidente da TAIPA, admitindo que tudo isto deve passar por uma candidatura a fundos comunitários.
Nos planos do Centro está também o estabelecimento de novas parcerias, seja no plano da comercialização seja na área de criação de novos produtos. “Por exemplo, a Universidade de Évora já manifestou interesse em colaborar connosco”, revela Dora Guerreiro.
