Rádio Castrense comemora 28 anos

Rádio Castrense

A Rádio Castrense (Castro Verde) assinala este domingo, 25 de Janeiro, o seu 28º aniversário. Quase três décadas no ar celebrados com ambição e alguns sonhos à mistura!
Fundada em 1987 e depois do boom de crescimento e afirmação que durou até 2003, seguiu-se um percurso com “altos e baixos”.
Mas a estação de Castro Verde resiste e reinventa-se, sempre com um objectivo principal: servir bem os milhares de ouvintes que diariamente se ligam em 93,00 FM.
Na hora das celebrações, o actual presidente da direcção da Cortiçol (cooperativa proprietária da Rádio Castrense), António Ferraz, assume três desafios maiores para os tempos que se seguem e admite que a área financeira é a mais complicada.
“Entre outros, diria que são três os maiores desafios no presente: o estabelecimento de uma estratégia de angariação de meios financeiros que equilibre em permanência as despesas correntes; a necessidade de uma reestruturação dos recursos humanos a uma rádio que inequivocamente tem de evoluir no imediato em ganhos de qualidade no seu todo e, por último, uma urgente requalificação técnica de equipamentos e ganhos de competência interna”, aponta.
Lembrando que a actual Direcção “deu continuidade ao bom trabalho” executado pela Direcção cessante, Ferraz esclarece que a estação tem os seus “compromissos financeiros globais regularizados”, embora admita que “o quadro vigente continua frágil”.
“A nossa inserção geográfica, a ausência de um tecido económico compatível, a crise instalada, a concorrência de outras congéneres são condicionantes da nossa principal fonte de verbas: a venda de publicidade, cujas receitas não crescem em conformidade com os nossos custos permanentes”, explica o presidente da Rádio Castrense.
Ferraz revela que a estação adquiriu em 2013 um novo emissor e enaltece a campanha de angariação de fundos que está em curso para a manutenção da torre de emissão localizada dos arredores da aldeia de Almeirim, a pouco mais de sete quilómetros de Castro Verde.
E conta que a melhoria deste meio essencial para as emissões é uma das prioridades, a par da substituição faseada de equipamentos de estúdio e exterior.
“Se não ocorrerem receitas de carácter extraordinário, prevemos morosidade nesta matéria pelos indicadores no presente E temos de mostrar o nosso reconhecimento aos amigos da Rádio que, de forma espontânea, têm contribuído com donativos para o efeito! Para eles o nosso muito obrigado”, afirma.
Quanto à programação e informação, António Ferraz advoga que é necessário “evoluir e muito em termos de qualidade de conteúdos”.
Admitindo que “a realidade local e regional não está convenientemente espelhada no dia-a-dia” da Rádio Castrense, o presidente não deixa de ressalvar as limitações nem sempre são contornáveis.
“Estamos condicionados em termos logísticos na nossa presença em eventos e, sem recursos humanos adequados, a estrutura tornou-se ‘pesada’, onerosa e de difícil gestão. A boa vontade e o voluntarismo amiúde são insuficientes”, declara.
Seja como for, António Ferraz garante que há “disponibilidade permanente” da Rádio para “acentuar uma reciprocidade” com o meio local, nomeadamente com as associações, as escolas e outras organizações.
“Procurem-nos, porque seremos a sua voz! A rádio é uma ‘arma’ que pretendemos isenta, transparente e honesta. Esse é o nosso objectivo. Se alguém não fizer essa leitura, agradecemos uma chamada de atenção imediata, porque a nossa disponibilidade é total”, conclui.

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