PS e CDU criticam visita de Portas ao Alqueva

PS e CDU criticam visita

O PS do Baixo Alentejo e a CDU tecem duras críticas à visita que Paulo Portas e Assunção Cristas fizeram ao projecto do Alqueva em tempo de pré-campanha para as legislativas.
O vice-primeiro-ministro e a ministra da Agricultura visitaram esta terça-feira, 25, algumas obras e explorações agrícolas associadas ao projecto, o que para a Federação do Baixo Alentejo do PS “revela falta de decoro e oportunismo político”, assim como “uma forma encapotada de campanha antecipada”.
Em comunicado enviado ao “CA”, o PS lembra que o empreendimento de Alqueva “é hoje uma realidade devido ao esforço e empenho dos governos socialistas”, considerando que a presença de Paulo Portas nas obras de beneficiação da área de regadio de Alqueva, “acompanhado pela ministra do ambiente e pela candidata cabeça de lista pelo seu partido no distrito de Beja, demonstra falta de respeito pelos baixo-alentejanos, pela região e pelo futuro do interior do país”.
Já a CDU, também em comunicado, classifica a visita dos governantes ao Alqueva como “uma inaceitável utilização do aparelho de Estado para a promoção dos governantes do CDS e de propaganda eleitoral”.
“Estes governantes querem agora capitalizar politicamente com um projecto que durante muitos anos não defenderam e sobre o qual, em quatro anos, não disseram uma palavra sobre como, apesar do maior investimento público de sempre na região, o distrito de Beja ter perdido mais de três por cento dos residentes, ter mais 700 desempregados inscritos nos centros de emprego, e a dinâmica económica não ter chegado às empresas, como atesta a situação vivida pelo sector do comércio”, acrescenta a CDU.
Para os comunistas, “a utilização partidária do aparelho de Estado tem sido uma constante nos últimos tempos, quer com a visita recente do Presidente da República, também a Alqueva, ou a iniciativa realizada pelo Governo no aeroporto de Beja, com a presença da primeira candidata do PSD/ CDS pelo círculo eleitoral de Beja nas próximas eleições [Nilza de Sena], que não é nem deputada da comissão de obras públicas, nem eleita pelo distrito”.

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Correio Alentejo

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