A Federação do Baixo Alentejo (FBA) do PS mantém a sua convicção no “valor” e “oportunidade” que o desenvolvimento do projecto do aeroporto de Beja representa para a região e para o país, defendendo a integração do equipamento no Plano Estratégico de Transportes e consequente dinamização de uma política “séria e adequada” de requalificação das suas acessibilidades rodoviárias e ferroviárias.
A posição dos socialistas baixo-alentejanos surge na sequência da reunião mantida esta segunda-feira, 10, ao final da tarde, com os responsáveis pelo grupo de trabalho do aeroporto de Beja, que foi liderado por João Paulo Ramôa e que no final da passada semana entregou o seu relatório preliminar sobre o futuro do projecto ao Governo.
Para a FBA, o documento vai de encontro à “argumentação” do PS em defesa do aeroporto de Beja, dado reconhecer, entre outros aspectos, que os pressupostos que justificaram a construção da infra-estrutura “estão correctos e ainda hoje se mantêm actuais” e que o desenvolvimento da sua componente industrial “foi priorizado” e “concretizado”, existindo 110 hectares de terrenos afectos a esse efeito, “com a infra-estruturação de 33 hectares, e com 13 lotes disponíveis para as empresas se instalarem”.
Lembrando que o aeroporto de Beja “é um projecto de desenvolvimento que o PS sempre defendeu e que teve os seus verdadeiros progressos, passando da teoria à prática, com os governos do PS”, os socialistas sublinham que a importância da infra-estrutura “ultrapassa o valor do desenvolvimento regional, constituindo-se como um pólo de dinamização económica nacional, com potencialidades de reforço das exportações”.
Daí exigirem que o aeroporto de Beja passe também a constar do Plano Estratégico de Transportes, considerando, nesse âmbito, ser essencial a requalificação e construção do IP8 em formato de auto-estrada, a requalificação do IP2 e a adequação das ligações ferroviárias de carga e de passageiros à realidade de existência de um aeroporto.
Quanto ao processo de privatização da ANA – Aeroportos de Portugal, o PS baixo-alentejano espera que a infra-estrutura bejense tenha um modelo específico a incluir no caderno de encargos do processo, “com obrigações concretas para o seu aproveitamento e desenvolvimento para o comprador da empresa”, justamente por ser “um projecto político de interesse para o desenvolvimento do território e do país”.
“A vontade de colocar em funcionamento o aeroporto de Beja é uma obrigação e uma competência do Governo, cujas responsabilidades e/ ou más vontades não pode escamotear”, remata o PS do Baixo Alentejo, defendendo “que a sua execução, rápida e sem ostracizações de agentes locais, deve ser uma prioridade do Governo e que a mesma deve constar nas obrigações do caderno de encargos do processo de privatização”.
