Projeto pioneiro de observação da biodiversidade em Mértola

A Câmara de Mértola acaba de lançar um projeto pioneiro para observação da vida selvagem, que promete ser “uma janela aberta para a biodiversidade da região”.

Tendo por base a utilização de câmaras de vídeo de alta-definição em tempo real, o projeto “Mértola Bio Live Cam” representa “um passo audacioso e inovador na conservação e promoção da biodiversidade”, revela a autarquia em comunicado enviado ao “CA”.

De acordo com a Câmara Municipal, através do projeto será possível “captar imagens de uma vasta gama de espécies, incluindo veados, gamos, javalis, coelhos-bravos, lebres-ibéricas, raposas, texugos, linces-ibéricos, várias aves de rapina e aves aquáticas migratórias, além de uma diversidade de avifauna residente”.

A iniciativa visa demonstrar os benefícios da gestão cinegética, uma vez que, através de imagens em tempo real, “evidencia as consequências positivas que uma gestão cinegética bem estruturada pode trazer à biodiversidade”, frisa a autarquia.

Proporcionar a todos os “amantes” da natureza “a oportunidade de observar os comportamentos de diversas espécies em seu habitat natural” é outra das metas do projeto, que constitui também “um recurso valioso para biólogos, ecologistas, técnicos florestais, gestores cinegéticos e investigadores, facilitando o estudo de várias espécies”.

A promoção do território, mediante imagens que ilustram a “extraordinária biodiversidade de Mértola”, o acompanhamento do Projeto de Recuperação da Lebre-ibérica e Coelho-bravo (PRLIC) e um registo de espécies não-cinegéticas são outras das vantagens do “Mértola Bio Live Cam”.

Para a sua concretização, a autarquia instalou três câmaras de alta-definição nos dois parques onde está a ser desenvolvido o PRLIC e também na Zona de Caça Municipal.

As imagens da vida selvagem são transmitidas “24 horas por dia, 365 dias por ano”, na rede social YouTube e no site www.mertolabiolivecam.com.

A Câmara de Mértola adianta igualmente que, “em breve”, serão ativadas “mais duas câmaras” e, “a médio e longo prazo, o projeto será expandido para incluir novas localizações estratégicas”, nomeadamente áreas de cervídeos, em cevadouros de javalis e comedouros de pombos-torcazes, em barragem com patos selvagens e outras aves aquáticas ou em locais de passagem de linces, entre outros.

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Correio Alentejo

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