Presidente da CCDR do Alentejo quer aumentar taxas de execução

O novo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo quer aumentar a taxa de execução de fundos comunitários na região, por forma a legitimar novas reivindicações para o território.

“Não podemos exigir do Governo mais verbas para o Alentejo se não tivermos excelentes taxas de execução. E essa é uma tarefa de todos: dos autarcas, das empresas, dos agentes económicos, da academia, das instituições sociais…. Temos de apresentar números que justifiquem esse papel reivindicativo. Até porque temos aí um novo quadro comunitário de apoio”, defendeu António Ceia da Silva na sua recente passagem por Aljustrel.

A par desta, o presidente da CCDR do Alentejo, em funções desde final de Outubro, assumiu que “o emprego é outra prioridade” para a sua equipa. “Queremos ajudar ao máximo o tecido empresarial, porque não nos podemos esquecer que esta pandemia travou uma trajectória muito robusta de crescimento económico em Portugal”, disse.

Ceia da Silva acrescentou, neste âmbito, ser indispensável “não deixar morrer as pequenas empresas” da região, essencial ao dinamismo económico do território.

“É por isso que, por parte da CCDR e do Alentejo 2020, a nossa prioridade imediata é apoiar o emprego e as empresas. É para aí que vai estar virado quer o final deste quadro comunitário, quer o início do novo quadro comunitário”, assegurou.

Com um mandato de cinco anos para cumprir, o recém-eleito da CCDR do Alentejo quer igualmente transformar a instituição, para que este deixa de ser “uma estrutura parada, apenas burocrática”, e possa estreitar a sua “proximidade aos agentes e ao território”.

“Não podemos ficar sentados numa mesa a despachar papéis em Évora. Não é essa a função duma presidência de uma CCDR, mas sim conseguir estar junto dos empresários, dos autarcas e dos agentes e conseguir criar dinâmicas de desenvolvimento neste território, para que o Alentejo possa ter dentro de alguns anos indicadores que sejam claramente superiores a outros territórios do país”, advogou.

“Queremos ajudar ao máximo o tecido empresarial, porque não nos podemos esquecer que esta pandemia travou uma trajectória muito robusta de crescimento económico em Portugal.”

António Ceia da Silva | presidente da CCDR do Alentejo

Segundo Ceia da Silva, esta nova forma de actuação contribuirá para o “desenvolvimento regional”, para o qual será também necessário que o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), elaborado por António Costa da Sailva para o Governo, “abranja os territórios do interior”.

“O PRR não pode ser só Lisboa e Porto, tem de ser também para o interior do país. E para sermos reivindicativos temos de ter boas taxas de execução” dos fundos comunitários, vincou o presidente da CCDR, reiterando o desejo de ver o Conselho Regional ser “muito inequívoco na sua decisão nesta matéria”.

“Espero que todos os autarcas, todos os agentes, todas as IPSS estejam no mesmo lado”, continuou Ceia da Silva, para quem “o Alentejo só cresce se houver uma visão dos autarcas, dos agentes e de todos de uma verdadeira região naquilo que é o conceito de Regionalização”.

“Se todos nos unirmos, conseguiremos a electrificação da linha férrea para Beja ou a ligação por auto-estrada até ao aeroporto de Beja. Conseguiremos a ligação de Odemira a Ourique ou a ligação de Sines a Caia. É necessário que todos nos unamos para obter estes grandes desideratos”, concluiu.

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Correio Alentejo

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