No dia em que arranca a XI Feira da Caça, o presidente da Câmara de Mértola, Jorge Rosa, frisa em entrevista ao “CA” que a caça e a actividade cinegética tem grande importância na economia local do concelho.
Quais as expectativas relativamente à Feira da Caça 2020, ano marcado pela pandemia?
Os caçadores têm um grande carinho por Mértola e por esta feira e sei que grande parte do público da feira vão ser os caçadores. Não temos expectativa de ter todas aquelas pessoas que vinham ver os artistas ou jantar na feira, até porque esta será uma feira “despida” dessas vertentes. Vai ser basicamente uma feira comercial, como um mercado, e só virá à feira quem precisar mesmo de negociar, comprar ou encomendar alguma coisa. Esperamos uma afluência bastante reduzida comparativamente com as edições anteriores da feira, mas tenho a expectativa que possamos ter uma participação razoável.
A caça é preponderante na economia local de Mértola. Este sector está em crise devido à pandemia?
Tem afectado bastante! [A pandemia] tem condicionado muito alguns caçadores nas suas deslocações e, obviamente, que isso tem afectado bastante a economia da caça. Também não está a haver a parte social e de convívio, porque as pessoas estão a cumprir à risca com as regras e precauções de cuidados de saúde. Ou seja, tudo o que se faz é muito condicionado e restrito, o que cria também um impacto grande na restauração e na cafetaria. Mas os caçadores cumprem as normas e temos de aprender a viver dentro deste “novo normal”.