População de Beja reza pela memória das vítimas de Francisco Esperança

População de Beja reza pela memória das vítimas de Francisco Esperança

Algumas dezenas de bejense têm estado esta sexta-feira, 17, à tarde reunidos em frente à casa onde Francisco Esperança terá assassinado a mulher, filha e neta.
Orações e muitas lágrimas marcam o ambiente carregado e de luto na rua de Moçambique, com muitos dos populares a darem conta da sua revolta e estupefacção pelo bárbaro crime cometido pelo antigo bancário.
Entretanto, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, o Ministério Público e a Direcção Geral dos Serviços Prisionais (DGSP) abriram inquéritos para apurar as causas da morte de Francisco Esperança, que foi encontrado esta sexta-feira enforcado com lençóis na cela do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), para onde tinha sido transferido.
Segundo um comunicado da Direcção Geral dos Serviços Prisionais (DGSP), o recluso tinha dado entrada no EPL na quinta-feira, 16, pelas 18h00, por razões de ordem e segurança que não estavam reunidas no Estabelecimento Prisional de Beja.
Francisco Esperança foi colocado numa zona do Estabelecimento Prisional de Lisboa "com apertadas condições de vigilância, que garantiam a segurança necessária face aos demais reclusos", acrescenta a mesma fonte.
De acordo com a DGSP, o recluso foi observado pelo enfermeiro de serviço à chegada e estava "calmo, consciente e orientado".
"No período que permaneceu sozinho na cela, entre as 21h15 e a 01h00 da manhã, hora em que foi encontrado sem vida, foi objecto de vigilância através de várias rondas", explica a DGSP.
Francisco Esperança irá agora ser autopsiado no Instituto Nacional de Medicina Legal a pedido do DIAP, acrescenta a Agência Lusa.
Detido na segunda-feira ao princípio da noite, o suspeito estava em prisão preventiva e incorria numa pena entre 12 e 25 anos de prisão por cada um dos três crimes de homicídio.
Em Beja, a morte de Francisco Esperança tem dominado as conversas ao longo do dia, com várias pessoas a lamentar que, ao não ter sido julgado, venha a ser mais difícil o apuramento da verdade.
Ele "devia-se ter matado antes de matar" a mulher, a filha e a neta, que "não tinham culpa se ele não estava bem com a vida", diz a bejense Mariana Guerreio, entrevista pela Agência Lusa quando passava pela zona a ler um jornal local, cuja manchete era sobre o caso do triplo homicídio em Beja.

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Correio Alentejo

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