O impacto económico do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) naquele concelho e no de Elvas é superior a 27 milhões de euros anuais, correspondendo a 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois municípios.
Esta é uma das conclusões de um estudo sócio-económico recentemente divulgado e desenvolvido em 2012 pelos investigadores João Emílio Alves, Cristina Pereira e Joaquim Mourato (presidente do IPP).
De acordo com o estudo, os 27 milhões de euros que a comunidade escolar do IPP injecta na economia dos dois concelhos englobam os gastos anuais dos docentes, funcionários, alunos e da instituição.
Com 915 postos de trabalho (directos e indirectos), o IPP recebeu do Orçamento do Estado (OE), em 2012, mais de 7,9 milhões de euros, indicando o estudo que cada euro investido pelo Estado tem um retorno de investimento de “3,43 euros”.
“Estes números demonstram a importância do IPP na região. Quando nos são retiradas verbas do OE, menos dinheiro fica nesta região”, afirma o presidente do IPP, Joaquim Mourato.
O estudo adianta que o IPP contribui com “5,7%” do PIB de Portalegre e Elvas, tendo os empregos (915) um peso na população activa na ordem dos “4,2%”.
O IPP integra as escolas superiores de Tecnologia e Gestão (ESTG), Educação (ESEP) e de Saúde (ESSP), todas elas localizadas em Portalegre, e a Agrária (ESAE), em Elvas.
O trabalho de investigação foi desenvolvido simultaneamente nos politécnicos de Bragança, Castelo Branco, Leiria, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu, em colaboração com as universidades do Minho e do Porto e impulsionado pelo Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos (CCISP).
O estudo tem duas componentes, uma relativa à caracterização sócio-económica de cada politécnico e da sua envolvente e uma outra referente ao apuramento do impacto económico e do retorno do investimento realizado pelo Estado nestas instituições.
Os resultados reportam-se ao ano de 2012 e, no caso do IPP, evidenciam um "impacto relevante" do PIB nos concelhos de Portalegre e Elvas e a criação de postos de trabalho directos e indirectos.
Para os autores do estudo, a actividade económica gerada pelo IPP representa, ainda, um retorno correspondente ao “triplo” do OE atribuído ao politécnico, no ano em estudo, situação que consideram de “grande importância”.
