O Partido Ecologista “Os Verdes” está apreensivo com a possível duplicação da área de estufas no perímetro de rega do Mira nos próximos três anos, que poderá chegar aos oito mil hectares de área coberta.
A preocupação esteve em cima da mesa na reunião realizada sexta-feira, 23, em Odemira, que juntou os dirigentes de “Os Verdes” Joaquim Correia e Victor Cavaco à direcção do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), a que se seguiu uma visita por várias zonas de Odemira, Vila Nova de Milfontes, São Teotónio e Zambujeira do Mar.
Para os ecologistas, o potencial crescimento da área de estufas no Mira “é uma preocupação acrescida”, não só “pelo impacte visual que já tem” mas também “pela possibilidade de contaminação de solos e águas, pelo uso de fito-fármacos, pela grande produção de resíduos e pelo aumento de tráfego dos transportes de matérias-primas e das produções”.
Durante a reunião com a direcção do PNSACV e a visita ao terreno, os ecologistas ficaram ainda a par da “grande carência de vigilantes da natureza no Parque”, que são actualmente “apenas seis”, assim como da “longa falta de equipamentos, nomeadamente viaturas”.
A extensa mancha de eucaliptos na área do Parque Natural, a destruição e falta de protecção de muitas das charcas temporárias foram outras questões abordadas durante a reunião.
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