Dar “uma verdadeira resposta” às necessidades dos empregadores de maior relevância da região, nomeadamente o sector mineiro, é a grande meta dos novos cursos profissionais que vão ser disponibilizados, já no ano lectivo de 2020-2021, nos agrupamentos de escolas de Aljustrel, Almodôvar, Castro Verde, Mértola e Ourique.
Trata-se de um projecto-piloto (e pioneiro) que envolve Ministério da Educação, Direcção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, os cinco agrupamentos de escolas e as respectivas autarquias e que nasce de um desafio lançado pelo secretário de Estado da Educação, João Costa, após as visitas que realizou a Neves-Corvo, a convite do Centro Qualifica de Almodôvar.
O objectivo é que os cinco agrupamentos de escolas da região apresentem uma oferta formativa de cursos profissionais do ensino secundário que dê “uma resposta efectiva aos grandes empregadores da região, em particular ao couto mineiro de Neves-Corvo e Aljustrel – não descurando outras potencialidades do Baixo Alentejo –, de forma concertada, planeada e estruturada a médio/ longo prazo”, explica ao “CA” António Espírito Santo, um dos coordenadores do projecto (juntamente com Sandro Almeida).
Desta forma, em 2020-2021 o Agrupamento de Escolas de Aljustrel irá disponibilizar o curso profissional de Técnico de Segurança no Trabalho, enquanto em Almodôvar será ministrado o curso de Técnico Gestão do Ambiente. Técnico de Topografia é a proposta do Agrupamento de Escolas de Castro Verde, ao passo que os agrupamentos de Mértola e de Ourique disponibilizam, respectivamente, cursos profissionais de Técnico de Qualidade e de Técnico de Restaurante/Bar.
“Os cursos profissionais propostos pelos cinco agrupamentos de escolas apresentam como potencialidades a possibilidade de emprego na região, a fixação de população jovem, uma resposta qualificativa para os maiores empreendedores da região e o desenvolvimento da região”, observa António Espírito Santo.
Esta nova oferta formativa já estará disponível em 2020-2021, mas poderá ser ajustada nos anos lectivos seguintes. “O que se pretende com o projecto é que, ano a ano, se vá adaptando as escolhas dos cursos profissionais destas cinco escolas envolvendo todos os agentes com responsabilidade, sejam educativas ou profissionais, e as diferentes autarquias”, justifica o coordenador do projecto.
Segundo António Espírito Santo, “as escolhas dos cursos recaem sobre o conhecimento e potencialidades das escolas, dos alunos e ainda das necessidades identificadas pelos recursos humanos das maiores entidades empregadoras da região”, por forma a “dar resposta a novas áreas já identificadas mas que precisam de um investimento financeiro envolvendo Governo, autarquias e tecido empresarial, como exemplo o sector das energias renováveis”.
“Este projecto-piloto pretende ser um projecto a médio/ longo prazo de modo a permitir, tanto ao Governo através dos diversos organismos competentes, bem como das autarquias e dos agrupamentos envolvidos, apetrechar as suas escolas numa área de especialidade, tornando-se assim ‘Escolas Especialistas’ da área onde foram identificadas as grandes potencialidades”, conclui António Espírito Santo.
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