José e Amália.
Uma paixão e um destino guiados por um desafio, que começa nos planaltos transmontanos e se estende por dentro dos sentimentos e das ternuras, mas também de muitas negações e percalços e desilusões.
É este <b><i>Fado</i></b>, impregnado pela aventura da emigração em época salazarista, que o escritor Napoleão Mira vai apresentar este sábado, 21, às 16h00, em Castro Verde, na Feira do Livro que decorre no âmbito da quinzena cultural “Primavera no Campo Branco”.
“O tema é apaixonante e há muito que me bailava na cabeça”, confessa em declarações ao “CA”, visivelmente satisfeito com o primeiro romance escrito.
Uma meta alcançada depois de ter compilado no seu primeiro livro, <b><i>Ao Sul</i></b>, um conjunto de crónicas publicadas na imprensa.
“Embalada” pela voz de Amália Rodrigues e pelo carácter de um povo a remar contra a maré, a nova obra “troca” o Alentejo por Trás-os-Montes e tem como coluna vertebral a emigração clandestina, a salto, em meados da década de 60. Um movimento que, em contrate com todo o nordeste de Portugal, teve pouca expressão nas planícies do Sul.
Esta razão foi fundamental para Napoleão Mira escolher Trás-os-Montes como cenário.
Além disso, adianta o escritor, “os transmontanos são os alentejanos do norte” e ambos “padecem do mesmo desprezo a que foram votados pelos diversos poderes ao longo dos séculos”.
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