Vânia Beliz nasceu no Algarve, mas o amor trouxe-a ao Alentejo. No Baixo Alentejo o contacto com idosos e jovens fez com que o seu papel fosse sendo marcado pela surpresa inicial, que se foi transformando em normalidade à medida que o trabalho de Vânia, na educação, na psicologia, na formação e na consultadoria se foi cimentando.
A exposição televisiva na SIC Radical também ajudou a que se tornasse uma referência nesta área da sexologia e os livros que entretanto escreveu “deram músculo” a uma mulher competente e capaz na sua área, que desafia -nem que seja pela temática- o conservadorismo que diz existir no Baixo Alentejo.
Esta conversa, gravada em Beja, permitiu perceber que Vânia é uma profissional que não pára e que não cinge o seu trabalho à área de psicologia e da educação, mas que também torna reais os seus sonhos de fazer chegar ajuda às meninas e mulheres de países africanos de língua portuguesa, no que diz respeito à sua dignidade menstrual, algo que muito me sensibiliza pelo enorme alcance que isto gera nesses territórios.
Vânia Beliz sente que vivemos num território conservador e isso nota-se na sexualidade e nos preconceitos que ainda se mantém. Acredita que a educação é o melhor caminho para fazer perceber que a sexualidade não é só sexo, é acima de tudo promover a saúde e o bem-estar, algo que é difícil explicar às pessoas.
Uma conversa boa, com uma mulher que tenho muito gosto em ser minha amiga e que com a sua profissão, atua naquilo que temos de mais complicado no Baixo Alentejo, o conservadorismo e os costumes.
Veja aqui a entrevista a Vânia Beliz.