Nos últimos dias têm-se sucedido os apelos à participação da população na concentração convocada para esta sexta-feira, 30, por CIMBAL, NERBE, Turismo do Alentejo e Associação Comercial.
De autarquias a sindicatos, passando por partidos políticos, os apelos assentam quase todos na mesma tónica: é preciso retomar com urgência as obras de requalificação do IP2 e de construção do IP8 até Beja, depois de ambas terem sido suspensas pelo actual Governo em 2012.
No plano autárquico, uma das câmaras que se associa à iniciativa é a de Aljustrel, que já apelou “a uma forte participação popular”, lamentando igualmente “o abandono e degradação acentuada das estradas regionais e nacionais na região, em particular no concelho de Aljustrel”.
Também a Câmara de Castro Verde apelou publicamente à população do concelho que se associe ao protesto, argumentando tratarem-se de “vias fundamentais ao desenvolvimento, nomeadamente, à fixação de novas potencialidades, mercados e emprego”.
Já a Câmara de Moura lembra que “a paralisação daquelas obras rodoviárias representa um prejuízo enorme para a região e um travão ao desenvolvimento do distrito de Beja”.
Igualmente presentes na concentração vão estar os responsáveis políticos regionais do Partido Socialista, do Partido Comunista, do Partido Social Democrata e do Bloco de Esquerda, assim como do Movimento Independente “Por Beja com Todos”.
O mesmo sucede com o Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos de Beja, por considerar que “a conclusão destes projectos, assim como a reparação das estradas regionais, contribuirão para o desenvolvimento da região e para a fixação de mais pessoas, novas potencialidades, mercados e empregos”.
O dia de luta pelo IP2, IP8 e estradas regionais tem como mote “Nós existimos, nós exigimos” e a concentração dos participantes está agendada para as 11 da manhã no Parque da Cidade, em Beja.
De acordo com a CIMBAL, as obras do IP2 e IP8 foram abandonadas há anos, “sempre com a promessa de serem retomadas, deixando as estradas degradadas, com restos das obras, tornando-se um perigo para quem nelas precisa de circular”.
Além do mais, acrescenta a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo em comunicado enviado ao “CA”, esta situação prejudica gravemente o desenvolvimento da região.
“E quando falamos em desenvolvimento regional, estamos a falar das oportunidades do regadio, da ligação a Espanha e à Europa, da rentabilização do aeroporto de Beja ou do potencial turístico que a região tem, entre muitas outras questões essenciais. Estamos a falar de acidentes graves que podiam ser evitados, estamos a falar de facilitar as deslocações e a promover a comunicação e os intercâmbios regionais, nacionais e transnacionais. Estamos a falar de desenvolvimento económico, atracção de investimento e de pessoas, estamos a falar do desenvolvimento do país, deste país a que pertencemos”, conclui a CIMBAL.
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