O concelho de Aljustrel não apresenta taxas de morbilidade ou mortalidade distintas dos restantes municípios da região, apesar do crescimento da actividade mineira na vila nos últimos anos. Uma garantia deixada pelo coordenador da Comissão de Acompanhamento Ambiental (CAA) da Almina e que tem por base o estudo “Aljustrel: Contributos para a análise do impacto da actividade mineira na saúde da população e para a tomada de medidas”, realizado pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.
De acordo com José Manuel Palma, os resultados do estudo “demonstram que não há nada que distinga Aljustrel dos outros concelhos [da região] em matéria de doenças diversas”. “Tanto quanto se consegue ver [no estudo], não há nada que separe Aljustrel do resto do Alentejo e da sub-região”, acrescenta o professor universitário e investigador em declarações ao “CA”.
Segundo as conclusões do estudo, “da análise da informação sobre a morbilidade e mortalidade aos vários níveis geográficos/ organização dos serviços de saúde, não se verifica uma diferença assinalável entre o concelho de Aljustrel comparativamente aos restantes concelhos do Baixo Alentejo”. Além do mais, acrescenta o relatório da ARS do Alentejo, “no período de 1991 a 2016, o concelho de Aljustrel não apresenta taxas que se destaquem, neste período, das dos outros concelhos da ULSBA e da ARS Alentejo”.
Para José Manuel Palma, este estudo, juntamente com a avaliação feita à qualidade do ar pela CCDR do Alentejo e pela própria Almina, “tornam Aljustrel num concelho onde a informação começa a fluir, onde a informação é detalhada e onde, até ao momento, não temos sinais de alarme”.
Agora, continua o coordenador da CAA, “com esta informação, devemos ter a capacidade de controlar tudo e todos os impactes e todas as diferenças que possam aparecer em relação a Aljustrel”. “Vamos continuar a trabalhar e a detalhar tudo o que haja a detalhar, a analisar e a ter essa informação. Não vamos parar aqui”, afiança.
Conhecidas as conclusões, José Manuel Palma assegura que a avaliação detalhada do estudo realizado pela ARS do Alentejo vai estar no centro das atenções da CAA da Almina até final do ano. A par disso, a comissão vai ainda avaliar as medidas de controlo de poeiras que a Almina tem vindo a implementar nas zonas da lavaria e da britagem, assim como acompanhar o novo Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da empresa.
Sobre este último, o coordenador da comissão revela que o EIA deve ser entregue às entidades competentes durante o próximo mês de Julho, destacando o facto de, “pela primeira vez na actividade da Almina, haver um EIA que vai avaliar toda a sua actividade à superfície”.
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