O ano de 2023 foi positivo para a Somincor, que viu a produção de cobre e de zinco na mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, aumentarem face ao ano anterior e ficarem dentro daquelas que eram as perspetivas da empresa concessionária.
De acordo com o relatório de produção de 2023 e perspetivas para o triénio 2024-2026, divulgado pela Lundin Mining (proprietária da Somincor, concessionária da mina baixo-alentejana) e a que o “CA” teve acesso, no último ano saíram de Neves-Corvo um total de 108.812 toneladas de zinco, ou seja, mais 26.377 toneladas que em 2022.
Este valor fica quase “no limite” daquela que era a previsão máxima de produção de zinco estimada pela Somincor para este ano, que poderia variar entre as 103.000 e as 110.000 toneladas.
Também a produção de cobre aumentou em Neves-Corvo, de onde saíram em 2023 33.823 toneladas deste minério, ou seja, mais 1.917 toneladas que no ano transato. Um valor que fica também dentro do que eram as estimativas de produção da empresa, que previa produzir entre 33.000 e 38.000 toneladas.
“Em todo o nosso portfólio de metais críticos, o projeto de expansão de zinco em Neves-Corvo, também conhecido como ZEP, está a ser concretizado, levando a uma produção trimestral recorde consecutiva de zinco nesta operação”, destaca o presidente e CEO da Lundin Mining, Jack Lundin, citado no relatório.
O documento a que o “CA” teve acesso apresenta ainda as perspetivas da Lundin Mining para os próximos três anos (2024-2026), sendo esperado um forte incremento na produção de zinco em Neves-Corvo.
Nesse âmbito, é esperada em 2024 uma produção de 120.000 a 130.000 toneladas deste minério na mina baixo-alentejana, que depois deverá aumentar para as 140.000 a 150.000 toneladas nos dois anos seguintes.
No que toca ao cobre, a Lundin Mining espera que, em 2024, saiam de Neves-Corvo entre 30.000 a 35.000 toneladas, produção que deverá aumentar para as 35.000-40.000 toneladas em 2025. Depois, em 2026, é esperada uma quebra mínima na produção, para as 33.000-38.000 toneladas.
O relatório da multinacional sueco-canadiana adianta igualmente que, em 2024, está previsto um investimento de cerca de 50,3 milhões de euros em trabalhos de desenvolvimento subterrâneo.