O novo quadro comunitário de apoio para o período 2014-2020 traz novidades positivas para os agricultores do Campo Branco que se associem às medidas agro-ambientais.
A legislação do Apoio Zonal de Castro Verde (a nova denominação desta medida, depois de ter sido Plano Zonal e, mais recentemente, Intervenção Territorial Integrada) ainda não foi publicada, mas as primeiras informações disponíveis indicam algumas alterações que vão beneficiar os agricultores da região.
Entre estas, destaque desde logo para um aumento de cinco euros por hectare em todos os escalões nos pagamentos feitos aos homens da terra.
“Isto já é uma boa notícia”, sublinha Ana Lampreia, do Gabinete de Apoio Técnico da Associação de Agricultores do Campo Branco (AACB).
De acordo com esta responsável, no âmbito do novo quadro comunitário a área abrangida pelo Apoio Zonal de Castro Verde não vai ser sofrer alterações (cerca de 85 mil hectares) e haverá “menos obrigatoriedades”, o que tornará o programa “mais leve”.
Entre as novidades estão igualmente a necessidade de os agricultores fazerem um registo de todas as acções que são praticadas no terreno, assim como o facto de deixar de ser obrigatório ter faixas semeadas para alimentação da avifauna, bastando “fazer uma área contígua de 2% da área de compromisso candidata”.
“Esta questão vai ser benéfica, pois as faixas davam muito trabalho e não se via nenhum proveito nisso ou que os animais tivessem vantagem por os alimentos serem disponibilizados dessa forma”, argumenta Ana Lampreia.
Também as regras do encabeçamento animal vão mudar, passando de 0,7 para 0,6 cabeças normais por hectare de superfície forrageira mais 10% da área de cereal.
“Mas o facto de o encabeçamento baixar ligeiramente, aqui para os nossos produtores não é significativo. Porque o 0,7 já era um encabeçamento muito alargado, uma vez que as nossas explorações geralmente não comportam muito mais que 0,5”, vinca Ana Lampreia.
Outra das novidades previstas é uma nova medida para quem tem terras inseridas na Rede Natura 2000.
“Vai ser uma ajuda em que basta estar na Rede Natura para se poder candidatar, independentemente de aderir ao Apoio zonal ou não. É uma medida importante, pois destina-se ao que está semeado, ao pousio e às pastagens, desde que nestas haja gado”, explica a técnica da AACB.
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