Líder do PS evocou 25 de Abril com jantar com militantes nas Alcáçovas

Líder do PS evocou 25 de Abril

O secretário-geral do PS, António José Seguro, evocou esta sexta-feira a revolução de 25 de Abril de 1974 e os Capitães de Abril para afirmar que o futuro do país está nas mãos das gerações.
O líder socialista respondia a uma simpatizante que o questionou sobre o futuro do país durante um jantar convívio com 40 portugueses que nasceram em 1974, realizado na vila de Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo.
“Vejam aquele punhado de capitães” de Abril que “estava descontente e que podia continuar descontente, a conversar, almoçar e reunir, mas não. Eles disseram: isto tem de dar a volta e avançaram”, lembrou.
Seguro assinalou que Capitães de Abril “planearam, juntaram-se e organizaram-se, alguns com ideias completamente diferentes, mas tinham um objectivo essencial que era derrubar a ditadura e fizeram-no”.
“Há 40 anos derrubou-se uma ditadura e restitui-se a liberdade às pessoas, mas a construção do nosso regime democrático e do nosso país depende de cada geração e das gerações”, realçou.
Nesse sentido, referiu que os portugueses têm a possibilidade de “ficar sentados no sofá e dizer e como o país devia ser, protestar e criticar, mas não fazer rigorosamente nada ou, ao mesmo tempo que criticam, podem construir e ajudar a construção”.
“A nossa responsabilidade como geração é de entregar um país melhor do que aquele que recebemos”, acrescentou.
Durante o jantar, António José Seguro defendeu ainda que é possível atrair investimento privado para o interior do país, numa fase inicial, através de “discriminação positiva e de um regime fiscal mais atractivo ou outro tipo de incentivos”.
Já o investimento público, disse, deve ser feito de “uma maneira mais equilibrada e solidária”, porque “não tem sentido Portugal ir à Europa dizer precisa de fundos comunitários para ajudar o desenvolvimento do país e, depois, chegar a Portugal e não utilizar o mesmo critério com as regiões menos favorecidas”.
“Se a lógica é, a pouco e pouco, as pessoas saírem do interior, encerrando serviços e escolas, naturalmente que estamos a matar o interior e eu recuso-me a aceitar que o interior seja visto como um fardo ou um encargo e que seja um grande lar de idosos de norte a sul”, alertou.

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Correio Alentejo

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