O dirigente comunista João Oliveira considerou este domingo, 16, em Aljustrel, que PS e PSD são conquistados por um “súbito apego à regionalização” sempre que há eleições legislativas, apesar de serem os responsáveis pelos impedimentos à sua concretização.
A campanha nacional dos comunistas para as legislativas arrancou em Aljustrel, onde o dirigente e deputado do PCP – que substitui (juntamente com João Ferreira) o secretário-geral Jerónimo de Sousa nestes primeiros dias – disse que, para os socialistas e os sociais-democratas, a regionalização nunca foi mais do que um conjunto de promessas vazias.
“Quer o PS, quer o PSD, quando se aproximam as eleições, são tomados por um súbito apego à regionalização. Naturalmente, sendo falso esse apego, rapidamente é esquecido. Feitas as promessas, colhidos os votos, lá ficou a promessa para trás e esquecida no tempo”, sustentou.
Durante um discurso de quase 30 minutos, o também líder parlamentar do PCP alegou que PS e PSD são duas faces da mesma moeda, já que nas questões essenciais como esta “unem” os dois partidos, “por mais que se esforcem para exibir diferenças, como ensaiaram de resto, há uns tempos, no debate que fizeram”.
Ladeado por João Dias, o cabeça-de-lista pelo círculo eleitoral de Beja, João Oliveira disse que a intervenção da CDU no distrito é a prova de que é “a locomotiva do Alentejo”.
Já PS e PSD acordam tarde para os problemas, ou como dizem os alentejanos “quando se descobrem as coisas já são sopas depois do almoço”, disse o dirigente comunista.