Cinco de Agosto: é esta a data definida pela empresa Comboios de Portugal (CP) para o início das paragens do Intercidades na estação Amoreiras-Odemira, em Amoreiras-Gare. Uma data que marca o regresso do serviço de passageiros a esta estação e que há muito era aguardado pela população da pequena aldeia na freguesia de São Martinho das Amoreiras (Odemira).
“O primeiro passo está dado”, observa com satisfação o presidente da Junta de Freguesia de São Martinho das Amoreiras, lembrando que esta era uma reivindicação muito antiga. Por isso, “esta é, sem dúvida, uma batalha ganha”, acrescenta o socialista Nuno Duarte.
A decisão da CP surge depois de anos de diálogo com a Câmara de Odemira, Junta de Freguesia de São Martinho das Amoreiras e Associação de Desenvolvimento de Amoreiras-Gare. Para já, o Intercidades apenas vai parar em Amoreiras-Gare enquanto vigorar o “horário de Verão”, estando agendadas duas paragens: da parte manhã às 9h49, no sentido Faro-Lisboa (onde chegará pelas 11h42), e de tarde às 20h18 no sentido Lisboa-Faro, com chegada à capital algarvia pelas 21h50.
“As paragens não são aquelas que eram desejadas, mas para início é assim”, afirma o autarca Nuno Duarte, considerando que a paragem do Intercidades em Amoreiras-Gare vai, seguramente, “trazer mais gente à aldeia” e “fomentar o movimento no comércio local”.
“Este benefício para a aldeia será o benefício para a freguesia, que também ficará dotada de mais um meio de transporte que até agora não tinha. E para o concelho é uma grande mais-valia, assim como para algumas freguesias de concelhos limítrofes. O norte do concelho de Odemira ficará assim servido de uma estação de caminho-de-ferro”, acrescenta o presidente da Junta de São Martinho das Amoreiras.
Alcançado o objectivo de ter comboios de passageiros novamente a parar em Amoreiras-Gare, Nuno Duarte quer agora que tal continue para além do “horário de Verão”.
“Agora é as pessoas usarem [o comboio], para que sejam necessários mais comboios a parar aqui”, argumenta o autarca”. “Porque não temos grandes dúvidas que se não for uma coisa benéfica para a CP, se não der lucro, não se vai manter. Portanto, agora as pessoas vão ter de utilizar [o comboio] e mostrar no terreno que aquilo que sempre dissemos: que faz falta o comboio, que há utentes e que fazem falta mais paragens”, conclui.
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