O IN Castro-Centro de Ideias e Negócios de Castro Verde atingiu pela primeira vez a sua capacidade máxima de acolhimento físico de empresas, com 20 empresas instaladas e mais sete projectos empresariais com domiciliação virtual. Em entrevista ao “CA”, David Marques, vice-presidente da Câmara de Castro Verde, frisa que este é um sinal “muito positivo” para a economia local.
O que representa para o concelho ter o IN Castro – Centro de Ideias e Negócios de Castro Verde com a sua capacidade de acolhimento física esgotada?
É um sinal muito positivo, considerando que o IN Castro foi um equipamento inaugurado em 2015 e que em 2020, em plena crise económica, fruto da pandemia que vivemos, conseguimos preencher todos os espaços disponíveis para acolhimento empresarial. Este marco resulta da aposta que o Município fez nos últimos três anos de aprofundar e direccionar os esforços de atracção de investimento e de empresas, que criem e fixem postos de trabalho, e que, através do IN Castro, possam escolher Castro Verde como concelho de investimento. A diversificação da base económica é um dos principais desafios que se apresenta ao nosso concelho, pelo que procuramos dinamizar uma atitude de permanente proximidade com as empresas a partir dos serviços sediados no IN Castro, prestando informação e esclarecimento e apoiando as empresas no acesso a incentivos e oportunidades existentes.
A que áreas/ sectores pertencem as empresas presentes no IN Castro?
O IN Castro acolhe, neste momento, 27 empresas, de áreas muito diversas, sendo 20 empresas fisicamente instaladas e sete através de domiciliação virtual. Importa salientar que muitas das empresas iniciaram e desenvolveram o seu projecto, desde a incubação da ideia, à consolidação da empresa. No entanto, apostámos também na vertente de Centro de Empresas, o que permitiu atrair outras empresas, já existentes, e que podem localizar-se no IN Castro e assim beneficiar da centralidade de Castro Verde. No IN Castro localizam-se empresas muito diversas, desde a actividade editorial e livreira, passando pelas áreas da consultoria legal e fiscal, seguros, formação, mediação imobiliária, design e comunicação, serviços pessoais, bem como áreas de consultoria especializada, nomeadamente indústria mineira e energias renováveis.
” A diversificação da base económica é um dos principais desafios que se apresenta ao nosso concelho, pelo que procuramos dinamizar uma atitude de permanente proximidade com as empresas a partir dos serviços sediados no IN Castro.”
David Marques | vice-presidente da Câmara de Castro Verde
Em que medida tem sido o IN Castro importante na dinamização da economia local?
O IN Castro representa uma mais-valia evidente, tanto para apoiar a criação e o teste de novas ideias de negócio como para acolher actividades e empresas já consolidadas, oferecendo um contexto empresarial colaborativo, reforçado pelo conjunto de serviços de apoio e informação que o Município sediou nestas instalações. Importa sublinhar que este tipo de equipamentos oferece um conjunto de oportunidades ao nível da criação de emprego e de negócio, através de condições de alojamento empresarial a preços controlados. Por outro lado, os serviços de apoios às empresas do Município servem todo o tecido empresarial do concelho, funcionando de portas abertas e de forma pró-activa.
Dado o esgotamento da capacidade física do IN Castro, está nos planos da autarquia um eventual alargamento ou ampliação deste equipamento?
A grande aposta do Município é a infra-estruturação da Zona de Actividades Económicas (ZAE), projecto fundamental em toda a estratégia de afirmação e de dinamização económica do concelho e que, em complementaridade com todo o trabalho já referido, permitirá atrair mais empresas e criar mais postos de trabalho no concelho.