As obras de restauro completo da Igreja da Misericórdia de Entradas vão “finalmente avançar”, num investimento que pode ascender a 195 mil euros e que permitirá a reabertura deste monumento “ao culto e ao público”.
“Após a requalificação da igreja, esta será aberta ao culto e ao público. Aberta ao culto porque essa é a função principal de todas as igrejas. E aberta ao público porque o próprio edifício e o que resta do seu património móvel merecem que sejam dados a conhecer aos entradenses e aos visitantes”, afirma ao “CA” o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Entradas (SCME), Fernando Brito Palma
A igreja, classificada como monumento de interesse público, vai ser requalificada depois da SCME ter garantido um financiamento, no valor de 121.717,50 euros, junto do Fundo Rainha D. Leonor (FRDL), promovido pela Misericórdia de Lisboa e pela União das Misericórdias Portuguesas.
O restante valor necessário para a empreitada será assegurado pela Câmara de Castro Verde, que também contribuiu para a instrução da candidatura apresentada pela SCME ao FRDL.
De acordo com o provedor da instituição, as “maiores patologias” da Igreja da Misericórdia de Entradas “observam-se ao nível do telhado”, o que pode colocar “em risco grave” o restante património do edifício.
“Após a requalificação da igreja, esta será aberta ao culto e ao público. Aberta ao culto porque essa é a função principal de todas as igrejas. E aberta ao público porque o próprio edifício e o que resta do seu património móvel merecem que sejam dados a conhecer aos entradenses e aos visitantes”, afirma o provedor Fernando Brito Palma
Nesse sentido, a empreitada, que deve arrancar “no prazo de seis meses”, prevê a reconstrução da abóbada da nave “em tijoleira tal como na origem”, assim como “consolidar as abóbadas do altar-mor e da sacristia, restaurar todo o telhado, rebocar e caiar todo o edifício”.
“Outros trabalhos, necessários mas não tão urgentes, serão realizados já, se houver cabimento de verba, ou progressivamente à medida que encontremos disponibilidades próprias ou mecenato”, acrescenta Fernando Brito Palma, indicando, a título de exemplo, “a renovação da instalação elétrica e o restauro do património móvel”.
Datada do século XV, a Igreja da Misericórdia de Entradas foi “profundamente remodelada nos séculos XVII e XVIII”, tendo funcionado, “durante muitos anos”, como casa mortuária da freguesia.
Após os trabalhos de restauro programados, a SCME prevê abrir a igreja “ao culto”, mas também “ao público”. “Há ideias, ainda em estado embrionário, para no futuro tornar possíveis visitas organizadas às nossas instalações”, conclui o provedor da instituição.








