O PS de Serpa diz que “há sinais muito preocupantes de degradação” nos cuidados de saúde no concelho desde que a Misericórdia assumiu a gestão do Hospital de São Paulo.
A questão foi colocada pelos eleitos socialistas durante a última reunião da Assembleia Municipal de Serpa, tendo instado mesmo o executivo liderado pelo comunista Tomé Pires a tomar “uma posição mais interventiva na defesa do acesso da população do concelho a cuidados de saúde a cargo da Misericórdia de Serpa”.
Segundo o PS, e ao “contrário do que diz o acordo de cooperação, a Misericórdia não tem ao seu serviço o pessoal em número adequado nem com a formação exigida de modo a prestar atempadamente e de forma contínua os cuidados de saúde necessários à população, particularmente tendo em conta o seu envelhecimento”.
Em comunicado enviado ao “CA”, os socialistas alegam que “há médicos e técnicos que apenas estão no hospital a tempo parcial”, nomeadamente em áreas como a Fisioterapia, Terapia da fala e Saúde Ocupacional, “fazendo com que os doentes não sejam tratados com a frequência adequada, com impacto na sua capacidade de recuperação e na qualidade de vida”.
Ao mesmo tempo, os eleitos do PS pretendem saber se os habitantes de Pias e Vila Verde de Ficalho que sejam referenciados pelo INEM estão, ou não, “a ser enviados directamente para Moura, sem passarem por Serpa, para depois, eventualmente seguirem para Beja”.
A confirmar-se, isso “pode ser muito grave nos casos de maior urgência”, afirma o PS de Serpa, esperando que os presidentes das respectivas juntas de freguesia tomem uma posição sobre a situação.
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