Hélder Guerreiro, actual vice-presidente da Câmara Municipal de Odemira, anunciou ontem, numa reunião da Comissão Política Distrital do PS, que vai ser candidato a presidente da Federação do Baixo Alentejo em 2012.
“Ser candidato parte de um compromisso que tenho com os ideais socialistas, o compromisso que sinto com todos os militantes do Baixo Alentejo e com a convicção que posso ter um contributo positivo a dar neste momento de viragem, de novo ciclo”, explicou.
Hélder Guerreiro confirmou ao “CA” que conta com importantes apoios ao projecto que vai apresentar aos militantes, destacando-se entre eles o actual líder socialista, Luís Pita Ameixa, mas também presidentes de Câmara como Nélson Brito (Aljustrel), Jorge Pulido Valente (Beja), Jorge Rosa (Mértola) e José Alberto Guerreiro (Odemira).
“Certo destes apoios relevantes, o meu maior desejo é chegar aos militantes de todas as secções e, com todos, construir uma ideia para o PS do Baixo Alentejo”, afirmou, acrescentando que também conta com o apoio de António Camilo (antigo presidente da Câmara de Odemira), do “histórico” Manuel Masseno ou do líder da JS, Rui Faustino.
Na moção que vai preparar, Hélder Guerreiro quer “discutir e reinventar o papel do partido na sociedade de que faz parte” e pôr o militante como “centro nuclear”. Por outro lado, assume que a “luta mais forte” será pôr o Baixo Alentejo “como desígnio” e “espaço de oportunidades, coesão e de desenvolvimento.”
Apesar de contar com o apoio do actual líder distrital do PS, Hélder Guerreiro assegura que não será igual porque terá a sua “própria forma de fazer e de liderar”.
“Tenho para mim que as verdadeiras continuidades não existem. O que importa é respeitar o que está feito e eu tenho profunda admiração pelo trabalho desenvolvido. E também tenho para mim que mais inteligente é quem souber interpretar o passado para perspectivar o futuro”, argumenta.
Hélder Guerreiro admite que o surgimento de candidaturas à liderança, quando ainda falta um ano para o acto eleitoral, “pode afectar negativamente” o PS, mas contrapõe que o adiamento da apresentação da sua candidatura poderia comprometer os seus objectivos.
“Não avançar agora, tendo conhecimento de que está, há mais de um mês, no terreno, uma outra candidatura, seria pôr em causa qualquer possibilidade de disputar em condições de igualdade esta eleição”, explica, acrescentando que tem a expectativa que o acto eleitoral decorra “com enorme elevação” e de modo “clarificador”.
Recorde-se que esta é a segunda candidatura à liderança do PS depois de Pedro do Carmo, presidente da Câmara de Ourique, ter anunciado no final de Agosto que é candidato.
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