O presidente da Câmara de Odemira, José Alberto Guerreiro, está muito preocupado com o quadro de funcionamento do associativismo intermunicipal no distrito de Beja.
E revela que, “dentro das mesmas forças partidárias, já há divisões e quezílias”, por causa do que está a acontecer na Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (AMBAAL) e na Assembleia Distrital, nomeadamente a falta de pagamentos de algumas câmaras municipais àquelas organizações.
“Vejo com muita preocupação o que se passa neste momento nas organizações, porque as dívidas são muitas e isso põe em causa o seu funcionamento e coesão. Nota-se que, dentro das mesmas forças partidárias, já há divisões e quezílias, o que é indesejável quando estão em causa organizações intermunicipais”, disse ao “CA”, numa óbvia referência aos autarcas do PS.
Por outro lado, José Alberto Guerreiro não acredita que a extinção da AMBAL ajude a superar o problema porque, acrescenta, a situação resulta do actual quadro estrutural do país e da região “em termos financeiros”.
“Vejo com alguma angústia este problema porque, neste momento, não tem a ver com a vontade dos municípios, mas com o problema estrutural do país e da região em termos financeiros”, explica, adiantando que, “com os novos cortes que se anunciam, não basta ter vontade política”.
“É preciso ter recursos e esses são cada vez mais escassos”, diz.
O autarca odemirense entende que alguns municípios “já se atrasaram tanto” nos pagamentos à AMBAAL que “já teriam de fazer um sacrifício praticamente impossível” para regularizar as dívidas.
E, segundo diz, “esses municípios, ao deixarem fragilizar essa situação, estão cada vez mais a pôr em causa as organizações distritais”.
CONTACTOS
Correio Alentejo
geral@correioalentejo.com
Tel.: 286 328 417
Rua Campo de Ourique, 6 – A
7780-148 Castro Verde