Os franceses da Vinci vão pagar 3080 milhões de euros pela aquisição de 95% do capital da ANA – Aeroportos de Portugal.
A verba paga pelo grupo gaulês eleva para 6400 milhões de euros o encaixe do Estado com o programa de privatizações.
A secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, afirmou que a proposta da Vinci era a que apresentava "o valor mais elevado", realçando que foi também avaliada "como a melhor do ponto de vista estratégico".
"A proposta prevê que Lisboa seja centro do seu negócio aeroportuário com planos significativos de crescimento", explicou esta quinta-feira, 27, em conferência de imprensa, a governante.
A secretária de Estado do Tesouro considerou que "o programa de privatizações é revelador da capacidade de atracção de investimento estrangeiro, capacidade do Governo de obter encaixe financeiro significativo e acima das expectativas".
A governante disse que o valor previsto de 5.500 milhões de encaixe financeiro com o processo de privatizações já foi superado, atingido 6.400 milhões de euros.
Os franceses da Vinci, que fizeram a proposta mais alta pela ANA, ganharam a corrida à privatização da empresa concessionária de oito aeroportos portugueses, anunciou o Governo, no final do Conselho de Ministros.
A francesa Vinci está presente em Portugal enquanto accionista da Lusoponte, concessionária das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril até 2030.
Com presença em mais de 100 países, através de concessões rodoviárias, ferroviárias e gestão de parques de estacionamento, o grupo gere nove aeroportos em França e três no sudeste asiático.
A privatização da ANA abrange os aeroportos de Lisboa, Faro, Porto, Ponta Delgada, Santa Maria, da Horta, Flores e o terminal civil de Beja.
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