O cantor lírico Enzo Dara, a Associação dos Arqueólogos Portugueses e o investigador Pedro Vaz Pinto são distinguidos este sábado, 6, pelo festival “Terras Sem Sombra”.
A cerimónia de entrega dos prémios internacionais do festival vai decorrer às 18h00, na Casa da Cultura da Comporta, no concelho de Alcácer do Sal, e será presidida pela Infanta Pilar de Borbón, Duquesa de Badajoz, irmã do rei D. Juan Carlos I de Espanha, segundo o promotor.
Enzo Dara será premiado na categoria de promoção da música, a Associação dos Arqueólogos Portugueses na de salvaguarda do património cultural e Pedro Vaz Pinto na de conservação da natureza, explica o promotor do festival e do prémio, o Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja.
Através dos premiados deste ano, o Prémio Internacional "Terras Sem Sombra homenageia" a ópera italiana, o património cultural português e a salvaguarda da palanca negra, um "raro animal" considerado "quase extinto" e "o símbolo nacional de Angola".
Os premiados deste ano são "referências cimeiras" dos "eixos dinamizadores" do festival, ou seja, "a valorização da música como uma das expressões mais belas do espírito humano, a defesa do património cultural em risco e a salvaguarda dos tesouros da biodiversidade", segundo o director-geral do festival, José António Falcão.
Nascido na cidade italiana de Mântua, em 1938, o maestro Enzo Dara "é um dos mais importantes cantores líricos da sua geração, particularmente admirado pelas interpretações das obras de Rossini, notáveis veículos para a expressão de um excepcional talento como actor cómico e de um sentido único da musicalidade", explica o DPHA.
Segundo o DPHA, a Associação dos Arqueólogos Portugueses, fundada em 1863, "é uma das mais antigas instituições de salvaguarda do património cultural de Portugal".
Ao longo da sua história, a associação, que este ano comemora século e meio de "trabalho ininterrupto em prol da cultura", tem sido "o ponto de encontro dos mais ilustres arqueólogos e historiadores do país" e "assumiu um papel pioneiro na vigilância dos monumentos e sítios, cuja classificação promoveu", frisa o DPHA.
Pedro Vaz Pinto nasceu na cidade angolana de Luanda, em 1967, formou-se no Instituto Superior de Agronomia, de Lisboa, e regressou a Angola, em 2000, para colaborar com a Fundação Kissama, uma organização não-governamental que tem desenvolvido trabalho na gestão de áreas protegidas, como o Parque Nacional da Kissama.
Em 2003, Pedro Vaz Pinto lançou o Projecto de Conservação da Palanca Negra Gigante, um trabalho que visa "a sobrevivência deste simbólico e raro animal, considerado quase extinto" e com "resultados notáveis", refere o DPHA.
O Prémio Internacional "Terras Sem Sombra" foi criado em 2011 para distinguir pessoas ou instituições que se destaquem a nível internacional nas áreas da música, do património e da biodiversidade.
O novo "Terras Sem Sombra", o maior festival de música sacra em Portugal, com concertos em igrejas históricas do Alentejo e acções associadas à biodiversidade alentejana, arrancou em Abril e decorre até ao próximo dia 13 de Julho.
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