Seis épocas depois, o FC São Marcos está de regresso à 1ª divisão distrital! A formação do concelho de Castro Verde liderava a Série B do campeonato distrital da 2ª divisão quando a temporada foi dada por concluída, em abril, pela Associação de Futebol de Beja (AFBeja) devido à pandemia da Covid-19 e acabou por ser promovida (juntamente com o Renascente de São Teotónio) por apresentar um dos dois melhores coeficientes de vitórias.
“O campeonato terminou antes de tempo, mas tínhamos pontos e classificação para subir de qualquer das formas. Não subimos por alma e graça do ‘Espírito Santo’, subimos porque tínhamos o segundo melhor coeficiente e tínhamos equipa para isso”, frisa ao “CA” o presidente do emblema verde-e-branco.
Segundo Joel Tomé, que também é jogador da equipa, a subida à 1ª divisão distrital foi decidida na passada semana, em concordância “entre a direção, jogadores e treinador”. “Todos foram da opinião que devíamos subir”, afiança, adiantando que a promoção até pode favorecer a forma de jogar da equipa orientada por Márcio Mestre (que vai continuar no comando técnico em 2021-2022).
“Se queremos jogar com a bola no chão, como o mister quer, estamos melhor na 1ª divisão do que na 2ª divisão”, justifica.
Além do treinador, na próxima temporada o FC São Marcos vai contar com a “espinha dorsal” da equipa que acabou por subir. “A equipa vai ser a mesma. Todos os que estavam foram convidados a ficar e quem quiser ficar está convidado. Afinal de contas, foi com esta equipa que no campeonato que fizemos – que foi curto – não perdemos jogo nenhum”, revela Joel Tomé.
Os atletas merecem, aliás, fortes elogios do presidente (e seu colega de balneário). “É uma equipa de gente trabalhadora, de amigos uns dos outros, que perdem dias de trabalho para ir jogar futebol, vão treinar nos carros deles, não recebem nada e ainda ajudam na limpeza do campo e na construção de algumas infraestruturas… Onde é que se consegue arranjar uma equipa como esta? Em lado nenhum”, enfatiza.
A última participação da equipa de São Marcos da Atabueira na 1ª divisão distrital foi em 2015-2016. Na hora do regresso, o presidente reconhece que as dificuldades serão muito maiores.
“Temos noção de que o campeonato é mais difícil. Mas temos a nosso favor o nosso campo, que nos vai dar alguma vantagem por ser o único pelado. E os moços sabem isso”, diz Joel Tomé, acrescentando estar convencido de que vai ser possível “fazer uma boa equipa e um campeonato engraçado”.
“Já disse aos jogadores para terem noção que não vamos ter a mesma quantidade de vitórias e de resultados bons na 1ª divisão. Mas cabe a eles mudar isso e dentro de campo é que se vê o que cada um vale e tentar contrariar isso”, conclui.