Executivo da CM Beja rejeita críticas da CDU

Executivo da CM Beja

O executivo socialista da Câmara de Beja veio a público manifestar-se “surpreendido” com a posição pública dos vereadores da CDU relativamente ao Museu de Banda Desenhada em Beja, garantindo “que nunca houve qualquer volte-face do executivo nesta matéria”.
Em comunicado, o executivo da autarquia revela que “o responsável da Bedeteca de Beja foi informado ainda em 2017 pelo presidente da Câmara que o Museu não seria realizado no mandato 2017-2021 por serem outras as prioridades imediatas do Município em termos de aproveitamento de fundos comunitários ainda disponíveis para recuperação de espaços urbanos”.
“A Câmara Municipal de Beja tenta cumprir o mais e o melhor possível o programa eleitoral maioritariamente sufragado e não o programa eleitoral de outras forças políticas”, continua o comunicado, que acrescenta: “Quem esteve na Câmara antes poderia ter desde logo avançado com o Museu que agora exige a outros e que tendo tido oportunidade para o fazer, não o fez”.
O executivo PS da Câmara de Beja defende ainda que, “antes de se avançar para novos museus interessava, e interessa, resolver problemas graves nos museus existentes, nomeadamente no Núcleo Museológico do Sembrano, na Casa das Artes-Museu Jorge Vieira e no Museu Regional, que ainda que não sendo propriedade municipal, deve ter uma participação forte do Município em todos os processos que lhe respeitem”.
O comunicado acrescenta que a Câmara Municipal de Beja “tem vindo a recuperar e a valorizar vários espaços culturais do concelho quer através de intervenções nos mesmos, quer através da aquisição de equipamentos para apetrechar esses espaços”, sublinhando que “o Município assume (desde o início), que a recuperação da Casa das Artes Jorge Vieira e a recuperação do espaço da Câmara Municipal sito na Rua Dr. Afonso Costa, ficam para um eventual novo mandato se e quando houver possibilidades de financiamento para as respectivas obras”.
O executivo liderado por Paulo Arsénio afiança ainda que “a articulação dos espaços culturais existentes far-se-á através da apresentação em condições dos mesmos aos trabalhadores e aos visitantes, da boa manutenção dos mesmos e da capacidade para o fazer, de sinalética turística adequada, de percursos acessíveis e inclusivos que os liguem, de programação de qualidade e chamativa de diferentes públicos”.
“A ideia de se fazerem mais coisas novas sem que se tenha a capacidade ou o cuidado de se manter o que já se tem, sempre foi popular em política porém está felizmente a inverter-se”, continua o comunicado, que lembra que “Beja atingiu um estado de profunda degradação, sobretudo no seu centro histórico, que terá de ser progressivamente ultrapassado pelo investimento de particulares em recuperações e pela reabilitação dos espaços municipais por parte da Câmara, priorizando o Município as intervenções, e avançando faseadamente com as mesmas sempre que reúna as condições financeiras necessárias para as fazer”.
Segundo o comunicado, a Câmara Municipal de Beja “está a fazer o seu caminho nessa área e no final do mandato, Beja terá um centro histórico com mais património municipal recuperado ou em fase de recuperação, equipamentos culturais com melhores condições para todos os utentes dos espaços e percursos, sinalética e informação de rua de painel e interactiva mais simples para todos”.
Nesse sentido, termina o executivo, “neste momento estão em obra intervenções na ordem dos nove milhões de euros no concelho (sendo o maior volume para obras de reabilitação e recuperação), o maior valor em simultâneo dos últimos anos no concelho, percebendo o executivo em permanência da Câmara Municipal de Beja a angústia que isso cause na CDU”.

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Correio Alentejo

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